A responsabilização é a pedra-base da liderança eficaz. Aprenda a entendê-la e a desenvolvê-la na sua organização

Manter uma equipa responsável implica trabalho árduo. E, enquanto líder, é importante compreender que a responsabilização é a pedra angular da liderança eficaz. É o que une confiança, responsabilidade e crescimento. A Inc.com mostra como usar o papel fulcral da liderança para encorajar a responsabilização e dá exemplos.

 

No mundo da liderança, a responsabilização não consiste em apontar o dedo, mas sim promover uma cultura de melhoria contínua.

 

Usar consequências naturais e lógicas

A responsabilização não tem que ver com punição; trata-se de aprender com as nossas acções. O líder pode exercer o poder das consequências naturais e lógicas para incutir responsabilização nas suas equipas:

  1. Consequências naturais: São as que acontecem naturalmente como resultado das acções de alguém. Por exemplo, se um membro da equipa não cumprir o deadline de um projecto, a consequência natural poderá ser o aumento da carga de trabalho ou danos à reputação da equipa. Os líderes devem permitir que estas consequências se desenvolvam sem intervenção desnecessária, deixando que os colaboradores aprendam com os seus erros.
  2. Consequências lógicas: Em alguns casos, os líderes podem precisar de intervir para criar consequências lógicas. Estas são as que fazem sentido em resposta a uma acção específica. Por exemplo, se um membro da equipa falta repetidamente às reuniões, uma consequência lógica pode envolver removê-lo temporariamente de um projecto até demonstrar comprometimento.

Exemplos de consequências

Eis alguns exemplos de consequências com que pode deparar-se na sua empresa:

  • Processo de contratação: Ao contratar novos membros para a equipa, quer ter a certeza de que avalia bem os candidatos antes de tomar uma decisão. Se isso não for feito de maneira adequada, provavelmente terá de preencher o cargo novamente num curto período de tempo, aumentando os custos indirectos e resultando em falta de produtividade.
  • Delegar tarefas: Aqui as consequências eficazes incluem indicar expectativas e prazos claros. Se um membro da equipa não atender a essas expectativas, a consequência poderá envolver formação adicional ou uma revisão das suas competências de delegar.
  • Definir expectativas: Os líderes devem responsabilizar-se pela definição de expectativas claras. A consequência de expectativas vagas é a confusão e objectivos potencialmente não cumpridos.
  • Seleccionar os membros certos da equipa: Escolher os elementos errados para um projecto pode levar a conflitos e fracasso. A consequência da má selecção é a necessidade de formação adicional ou reavaliação da dinâmica da equipa.

A responsabilização tem que ver com melhoria. Ao abraçar as consequências como uma ferramenta de aprendizagem e crescimento, os líderes podem promover uma cultura de responsabilização nas suas equipas. As consequências naturais e lógicas permitem que todos compreendam o impacto das suas acções e façam os ajustes necessários.

Na verdade, a responsabilização está presente em todos os aspectos da liderança. Seja no processo de contratação, na delegação, na definição de expectativas ou na selecção dos colaboradores certos, as consequências desempenham um papel fundamental na orientação de acções e decisões.

Os líderes devem encarar a responsabilização não como um fardo, mas como um poderoso catalisador de melhorias. Quando a responsabilização está enraizada na cultura organizacional, ela torna-se uma força motriz do sucesso, crescimento e aprendizagem contínua.

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