
Alteração no IRS dá máximo de cinco euros por mês à maioria dos trabalhadores
O Orçamento do Estado prevê uma redução das taxas de retenção do IRS na fonte, sem especificar o aumento. Mas o Jornal Expresso avançou que a diminuição média será de 2%, atingindo dois milhões de trabalhadores.
A pedido da TSF, a EY fez simulações dos ganhos potenciais dos trabalhadores. E a conclusão é que para uma grande parte dos empregados o benefício não vai chegar aos cinco euros.
De acordo com a simulação, uma pessoa solteira sem filhos com um vencimento bruto de 750 euros vai receber mais um euro ao final do mês (em vez de 61 euros, vai entregar 60 euros ao fisco). Se for casado sem filhos e fizer a entrega em separado, o resultado é o mesmo.
O ganho será igual se tiver um filho (33 euros de retenção em vez de 34) ou se for casado, com entrega separada do IRS e não tiver descendentes (24 euros em vez de 25).
Já quem ganhe os mesmos 750 euros mas for casado, com um máximo de dois descendentes e fizer entrega em conjunto, não terá qualquer ganho (já não fazia retenção na fonte e assim continua).
Segundo a mesma simulação, para um salário ilíquido de 1500 euros mensais. Aqui os ganhos vão oscilar entre dois euros por mês (casal com dois filhos e declaração de IRS conjunta) e cinco euros (solteiros sem filhos, solteiros com um máximo de um filho, casados sem filhos e entrega em separado).
Os sujeitos passivos casados sem filhos que vençam 1500 euros terão um ganho mensal de quatro euros. O mesmo acontece se tiverem um descendente.
Para começar a ver ganhos significativos é preciso avançar para vencimentos brutos de 5 mil euros. Nesses casos, dependendo da existência de filhos, de ser casado ou solteiro e da declaração ser conjunta ou separada, o benefício oscila ente 27 e 34 euros.
O salário mensal médio em Portugal reportado pelo INE é de 1005 euros (valor que se refere apenas ao vencimento base mensal e exclui subsídios como o de almoço, entre outros).