Associação de técnicos de eventos ilumina Terreiro do Paço em protesto pela sobrevivência do sector

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) organizou, ontem, entre as 20h00 e as 22h00, uma manifestação pacífica para chamar a atenção e pedir mais apoios do Governo para um sector que tem sido fortemente afectado pela COVID-19.

 

Foram colocadas várias instalações com as insígnias de cada empresa, criando assim uma mancha visual e ocupando o perímetro da Praça do Comércio. O vídeomapping reproduzido nas fachadas do Terreiro do Paço teve um conjunto de imagens, vídeos e frases que reflectem o estado de espírito do sector e demonstram o apagão económico que o mesmo está a sentir.

Durante o manifesto, a APSTE apresentou uma série de medidas especificas que considera serem as mais adequadas para as empresas do sector:

· Prolongamento do lay-off simplificado – Continuação até 31 de Dezembro;

· Isenção da TSU – Incluindo os não abrangidos pelo lay-off e sócios gerentes;

· Formação aos colaboradores – Criação de parcerias com centros formação regionais enquadradas nas necessidades das empresas;

· Moratória – Extensão das moratórias para, pelo menos um ano;

· Financiamentos – Linhas de crédito sem juros para todas as empresas do sector, independentemente da sua dimensão e do seu CAE;

· Suspensão do pagamento por conta;

· Isenção de IUC e seguros (estendendo o prazo do seguro) para viaturas não utilizadas devido ao lay-off até Dezembro;

· Promover junto do Governo a inclusão dos associados da APSTE no regime de isenção de tacógrafo ao abrigo da Portaria nº 222/2008 de 5 de Março, incluindo no livrete essa homologação;

· Adiamento do pagamento do IMI – A ser diluído nos próximos anos;

· Definição de um CAE para o sector – Criação de um contrato colectivo de trabalho específico para o sector, à semelhança do Turismo, que observe, entre outras características, a flexibilização do horário, nomeadamente as horas de entradas e saídas, carga horária diária e o descanso semanal não obrigatório ao fim de semana.

 

«Estamos aqui hoje para protestar por medidas adequadas a um sector que está completamente parado, vivemos momentos de grande angústia, há várias empresas com quebras de facturação superior a 80%. Falamos de milhares de técnicos de som, iluminação, vídeo, riggers, stagehands, entre outros profissionais. Há pessoas a passar fome! Este é um sector que não está em retoma, ou seja, não há uma data definida para a sua reabertura, nem uma posição concreta por parte do Governo quanto às medidas a adoptar para mitigar os danos causados nesta indústria, que tem feito um elevado esforço financeiro para manter postos de trabalho e as respectivas estruturas. Precisamos urgentemente de apoio porque temos todo um sector em risco de sobrevivência», explica Pedro Magalhães, presidente da APSTE.

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