Aumentar equipa de vendas: o que leva as empresas a apostar no outsourcing?

Após tantos meses de incerteza, as empresas começam finalmente a ver luz ao fundo do túnel; é, pois, tempo de voltar aos planos de negócios. E muitas vezes esse recomeço implica reforçar as equipas no sentido de fazer crescer as vendas, factor essencial à sua sobrevivência e crescimento. A questão que se coloca, tendo em conta o momento económico que atravessamos, é se, para tal, as empresas devem fazer um recrutamento interno ou em formato de outsourcing?

Por Nuno Condinho, Partner da Sales Factory

 

Antes de mais, os processos de recrutamento, tal como conhecemos, tiveram de se adaptar a longos meses de pandemia. A primeira e óbvia mudança foi a necessidade de realizar entrevistas remotas, uma viragem de 180º no processo tradicional (resta saber se é algo temporário ou veio para ficar). A tecnologia (como o Teams, Zoom, entre tantas outras) fez o resto. Mas, mais do que as adaptações tecnológicas, tiveram de se criar regras e códigos novos, treinar a clareza de comunicação, prepará-la para ser mais objectiva e adaptada à “distância” física. E sendo os soft skills, cada vez mais, factores decisivos na decisão de recrutar, a impossibilidade de realizar entrevistas presenciais elevou a fasquia ao nível dos desafios de recursos humanos junto das empresas.

Assim, e não falo apenas em épocas conturbadas social ou economicamente, mas até mesmo na entrada em novos mercados, recorrer a uma empresa de outsourcing em detrimento da contratação permanente faz todo o sentido, naquele que se pode identificar como um contexto de mitigação de risco.

Uma empresa, ao dia de hoje, tem duas hipóteses. Pode recorrer a uma empresa especialista, e assim acelera o processo de integração e ajuda ao foco no core-business. Ou, então, aposta “simplesmente” na valorização da equipa interna existente, e dessa forma complementa as suas competências com recurso a um parceiro externo. Ao longo destes anos, posso afirmar veementemente que as empresas só têm a ganhar ao apostar nas equipas já em funcionamento, com experiência e os valores incutidos da entidade onde trabalham. É nesta medida que, cada vez mais, o outsourcing evoluiu para o co-sourcing, numa óptica de parceria próxima e de colaboração.

E como é que esta evolução cria valor nas estruturas organizativas?

As equipas existentes irão trabalhar em proximidade com elementos que, a princípio, poderão ser “externos”, mas que ao trabalhar em nome da empresa integrar-se-ão mais rapidamente, em função da estratégia delineada. Aqui, o parceiro externo (empresa de outsourcing) tem um papel fundamental na gestão destes recursos, em sintonia com a gestão da empresa cliente, ficando do seu lado os riscos inerentes à contratação. Falamos não só de riscos financeiros e tudo o que implica a contratação a médio/longo prazo de um colaborador, como de riscos de inadaptação. Nesta última situação, também a empresa consultora pode assegurar a substituição imediata.

O “fim” da pandemia veio, não só possibilitar o estabelecimento deste tipo de serviço, como também apresentar-se como uma alternativa de gestão a considerar na decisão de contratar, ou não, um elemento em permanência. É, sem quaisquer dúvidas, uma opção acertada, dado que prestará um contributo importante na alavancagem do crescimento de negócio, acelerando a sua performance graças à integração durante todo o processo dos melhores especialistas no seio da sua organização.

 

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