Barómetro: Profissionais especializados precisam-se

Cerca de metade dos inquiridos do Barómetro Human Resources considera que não há em Portugal profissionais especializados suficientes para alimentar os centros de competências e de serviços que se estão a instalar no país.

Por Ana Leonor Martins

 

Diversas multinacionais reconhecidas internacionalmente estão a em investir em Portugal, escolhendo o nosso país para instalar os seus centros de competências. É já em Junho que a gigante tecnológica norte-americana Google vai instalar um hub tecnológico em Oeiras. Em Maio passado, a Mercedes escolheu Lisboa para abrir um centro de competência e a CGI inaugurou em Sintra o Cloud Innovation Center; em Junho a Accenture inaugurou em Braga o seu novo centro de tecnologia; em Outubro a Uber anunciou Lisboa como sede do novo centro de excelência europeu; em Novembro, foi a alemã Zalando (plataforma de moda online) a revelar a intenção de vai criar um centro tecnológico na capital; a Amazon está a negociar a entrada no país. Há cerca de um mês, o secretário de Estado da Internacionalização revelou que Portugal está a disputar a dez centros de competências e 24 centros de serviços partilhados com outros países da Europa.

Depois de o tema ter estado em destaque num dos almoços de Conselho Editorial, com as opiniões a divergirem, quisemos abrir a “discussão” ao painel de especialistas do Barómetro Human Resources. É um facto irrefutável que Portugal está na rota de grandes multinacionais. Mas o que será que atrai estas empresas? Haverá profissionais suficientes para os alimentar? Só para o hub tecnológico da Google prevê-se a criação de 500 postos de trabalho. E que tipo de profissionais procuram, mão-de-obra barata ou especializada? É este o principal tema desta 18.ª edição.

Numa outra perspectiva, não das multinacionais que vêm para Portugal, mas das empresas portuguesas, procuramos perceber se estão preparadas para gerir e assegurar a continuidade do negócio. E quais serão as ameaças que os gestores consideram mais prementes a essa continuidade?

Para além da pergunta de carácter trimestral, sobre a projecção para a evolução do número de colaboradores, questionámos ainda o painel sobre um tema que interfere no dia-a-dia das empresas, devido ao surgimento de novas cada vez mais notório de formas de trabalho: estará a legislação preparada para dar resposta ou as empresas têm que ser “criativas” para dar resposta ao que os novos profissionais procuram?

 

Mão-de-obra barata e competências

Em termos do que é que atrai as empresas que estão a escolher Portugal como país de destino para instalar ou seus centros de competências e de serviço, as respostas dividem-se: enquanto 29% dos inquiridos acredita que é a mão-de-obra barata, exactamente a mesma percentagem defende que são as competências especializadas que têm influenciado a escolha das multinacionais. Para 24% são os custos de implementação que mais pesam na decisão, sendo que factores como a localização segurança, a segurança, os incentivos fiscais ou o baixo custo de vida, na opinião dos inquiridos, não assumem grande relevância.

 

Conheça todos os resultados na edição de Abril da Human Resources Portugal.

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