Career Change: get prepared for the second round

Numa época em que a maioria das empresas de renome e dimensão dos mais diversos setores de atividade, em especial multinacionais, têm vindo a reduzir os cargos de gestão entre os 15% e 20%, tendo em vista a simplificação, digitalização, iberização e rentabilização dos seus negócios, um crescente número de executivos séniores na casa dos 50’s anos e carreiras até então muito bem sucedidas, deparam-se com situações de desemprego involuntário prolongado.

Por Jorge M. Fonseca, Partner da GEORGE Executive Advisors

 

A título de exemplo, na última década fecharam 37% das empresas industriais na Catalunha, reduzindo a população empregada em +26%, muitos deles com percursos de excelência, mas que se confrontam com situações de desemprego com idades de reduzida empregabilidade. Adicionalmente, nos últimos 20 anos, a banca em Portugal e Espanha reduziu cerca de 50% do número de empregados e encerrou +40% dos balcões, devido à crescente digitalização e automação dos seus processos.

Presentemente, a maioria dos Executivos séniores com carreiras profissionais ativas são Senior Consultants – apenas 30% dos portugueses trabalham em médias ou grandes empresas com +60 anos.

Por sua vez, o aumento da globalização aumenta a necessidade das empresas portuguesas se profissionalizarem e aumentarem o seu know how. O tema das start ups e dos negócios que rapidamente crescem, carecem também, além da criatividade e flexibilidade, de experiência e pensamento estratégico consistente.

Connect the dots

Juntando estes dois mundos, encontramos uma solução interessante para todos – os “Conselhos de Assessores” de Scaleups e de PME’s de excelência:
– Órgãos de apoio ao Management e um fator de aceleração do crescimento e melhoria da competitividade de empresas com ambição de crescimento e afirmação nos mercados alvo;
– São um grupo de Executivos Séniores que com base no seu conhecimento, experiência e relações profissionais, presta apoio ao Management, com funções Não Executivas (similar aos Administradores Não Executivos das grandes empresas);
– São um catalisador de recursos, negócios e oportunidades, e permitem posicionar as marcas numa dimensão mais elevada;
– Este tipo de órgãos de assessoria têm sido uma grande mais-valia para um crescente nº de empresas de Silicon Valley e do centro da Europa (UK, Alemanha, França, Irlanda, …), mercados onde a grande maioria das Startup’s são assessoradas por Executivos séniores que tiveram carreiras de sucesso nas áreas de especialidade das mesmas;
– Salários cobrados: de 15 a 40 mil euros brutos/ano por conselheiro assessor nos EUA e centro da Europa.

Havendo cada vez menos vagas para executivos com +45 anos em países periféricos como Portugal, onde as multinacionais têm vindo a comprar um crescente número de empresas de dimensão portuguesas e a reduzir e iberizar nos anos subsequentes as suas estruturas de gestão, os “conselhos de assessores” poderão ser um next step profissional ambicionado por muitos quadros de topo.

Apenas precisam de identificar e ganhar a confiança do management de empresas em acelerado crescimento que queiram “comprar” o seu vasto know-how acumulado.

Por vezes os desafios são facilmente resolvidos se estivermos abertos a juntar as pontas – connect the dots.

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