CEGOC: A mudança como um processo em construção

A CEGOC tem procurado não só oferecer serviços de elevada qualidade que acompanham as melhores práticas internacionais, mas também potenciar a efectiva transformação dos seus clientes, desafiando-os a ir mais longe e experimentar novas abordagens.

 

Foi com este propósito que renovou a sua oferta formativa na área de HR & Talent (entre outras gamas), oferecendo ao mercado a oportunidade de conhecer e experimentar não apenas as melhores práticas a nível da gestão de talento, mas também as tendências emergentes e soluções mais inovadoras que estão a surgir nesta área. Maria João Ceitil, HR Consulting Coordinator da CEGOC, em entrevista à Human Resources Portugal sobre o tema da formação.

A nova oferta, pode ler-se no site da CEGOC, dá “respostas às novas tendências da sociedade 5.0”. Que tendências são essas?

A sociedade 5.0 é um movimento emergente cujo conceito teve origem no Japão e foi apresentado oficialmente na CeBIT 2017, por Yoko Ishikura, uma das principais defensoras e promotoras da ideologia, que, de um modo muito geral, defende a importância da humanização das empresas, do mercado de trabalho e da sociedade. Nas áreas de Gestão de Pessoas, as principais tendências que se verificam – para além obviamente da digitalização, inteligência artificial (IA) e novas tecnologias –, são as abordagens centradas na experiência dos colaboradores, no engagement, na humanização do trabalho e na qualidade de vida.

De que forma os conteúdos da oferta formativa são adaptados ao mercado de trabalho na área dos Recursos Humanos?

Os conteúdos que desenvolvemos na nova oferta formativa decorrem, não só das melhores práticas e das novas tendências na Gestão de Pessoas, mas também das necessidades que os clientes nos têm apresentado para se adaptarem às novas realidades do mercado de trabalho.

Quais as transformações que verificam hoje no sector dos Recursos Humanos?

Seguindo o que se verifica também noutros domínios da gestão, as principais transformações no sector dos Recursos Humanos estão ligadas à utilização de novos sistemas tecnológicos na gestão dos processos. A IA está a provocar grandes mudanças a nível dos Recursos Humanos, nomeadamente nos processos de recrutamento, onde existem mais soluções desenvolvidas com base na IA. Em consequência destas transformações observam-se hoje alterações profundas no modo de actuar dos Recursos Humanos, passando de uma lógica centrada no processo à tão ambicionada lógica de parceria de negócio que há muitos anos lidera as grandes reflexões na área.

Quais são os objectivos das empresas que vos procuram no sentido de obter formação para os seus profissionais de Recursos Humanos?

Os nossos clientes procuram essencial- mente o desenvolvimento de novas competências e novas práticas de Recursos Humanos, adaptadas às novas exigências dos colaboradores – e que as instituições académicas ainda não disponibilizam. Desde que adoptámos o modelo de abordagem 70:20:10 e soluções integradas de aprendizagem, como a abordagem 4REAL®, os clientes têm vindo a perceber o impacto que as acções têm
no seu dia-a-dia de trabalho e no negócio das suas organizações, conseguindo percepcionar com eficácia o verdadeiro impacto da formação no negócio.

Que conselhos daria aos profissionais de Recursos Humanos no sentido de estarem constantemente actualizados?

O conselho que deixamos aos profissionais é que utilizem os recursos que existem da melhor forma para responder às suas necessidades, mas que tenham presente que para promover efectiva transformação será necessário actualizarem não apenas o conhecimento teórico, mas acima de tudo actualizarem e melhorarem continuamente as suas competências. É importante ter em mente que nenhuma mudança acontece do dia para a noite e que este é um processo que precisa de ser construído.

De que forma as novas gerações estão a mudar o panorama dos Recursos Humanos?

Enquanto a geração millennial trouxe aos Recursos Humanos a necessidade do digital, da agilidade, da simplicidade e da rapidez de acesso à informação e resolução de situações, a geração Z, que tem ainda maior expressão nos ambientes académicos e começa agora a entrar no mercado de trabalho, traz consigo o pressuposto de que tudo o que a geração anterior exigia já está disponível, e exige novas mudanças, essencialmente liga- das à componente humana e qualidade de vida.

Qual o papel da liderança neste contexto de transformação?

Durante muitos anos, os líderes eram vistos como responsáveis máximos do sucesso ou insucesso das empresas. Numa sociedade que começa a ser dominada pelos princípios da agilidade, da descentralização, da partilha e corresponsabilização por resultados, aos líderes é cada vez mais exigido não que orientem e indiquem soluções e caminhos, mas que sejam capazes de co-criar, mobilizar, energizar e potenciar o crescimento e desenvolvimento das suas equipas.

Este artigo foi publicado na edição de Junho da Human Resources.

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