Comércio pede medidas de apoio adicionais por causa do recolher obrigatório

Após o anúncio das novas restrições anunciadas pelo Governo, a União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) pede medidas de apoio económico que compensem as perdas que se vão registar no sector do comércio e serviços para evitar despedimentos e insolvências.

 

Para a União, «o recolher obrigatório em substituição do encerramento das lojas trata-se de uma ilusão aos empresários. De portas abertas e sem clientes disponíveis para visitar os estabelecimentos podemos mesmo dizer que se trata de um encerramento de porta aberta».

Segundo Lourdes Fonseca, presidente da direcção da UACS, «o recolher obrigatório que proíbe os clientes de sair de casa irá afectar directamente o número de pessoas que visita os estabelecimentos comerciais, estes, que já são um dos sectores mais afectados pela pandemia. Desta forma torna-se insustentável a prática da sua actividade, e iremos correr o risco de observar o encerramento de muitos. É essencial a criação de medidas de apoio económicas com a máxima celeridade e sem burocracias para evitar esse desfecho.»

Os comerciantes estranham os critérios de abertura de supermercados e os seus estabelecimentos terem de estar encerrados. «Significa isto que no entender do governo, os consumidores podem ir ao supermercado mas não podem comprar no comércio local?» Relembram ainda que «o comércio local esteve encerrado durante o confinamento, com repercussões dramáticas.»

A UACS apela à retoma do lay-off simplificado, para estes sectores (comércio e serviços), que se revelou a medida mais eficaz que o Governo implementou durante este período para impedir o encerramento de empresas e despedimentos.

A UACS considera que «é imperativo o Governo garantir a sobrevivência das empresas através de três níveis de medidas. Entre elas, o lay-off para manter postos de trabalho; os compromissos fiscais deveriam, igualmente, poder ser adiados ou pagos de forma faseada; e ainda, apoiar uma solução para o arrendamento comercial que divida o esforço entre senhorios, Governo e empresários». Se estas medidas não forem tomadas irá resultar na falência de milhares de empresas e na destruição de centenas de milhares de empregos.

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