Como mobilizar e liderar em 2013?

Ricardo Florêncio

Director da Revista HR Portugal

Editorial publicado na edição de Agosto de 2012 da revista HR Portugal

Está dado o mote para a 4.ª Conferência da Human Resources Portugal que irá realizarse em Novembro próximo.

Num ambiente tão incerto como este, em que as preocupações de muitas empresas, e dos seus colaboradores, voltaram a componentes tão básicos e primários como a sobrevivência e a manutenção de postos de trabalho, como se motivam as nossas pessoas? Em muitos casos, estando os prémios de produtividade e as promoções suspensas, como premiar, como incentivar o esforço, a dedicação, o talento, a diferenciação? E como reter as pessoas que realmente nos interessam perseverar, se não há meios de as compensar? E como conseguir atrair, ou voltar a conquistar, aqueles nossos colaboradores que se sentem desmotivados, desinteressados, descontentes, mas que são fundamentais para as nossas organizações?

E como as mobilizar? Como conseguir que continuem unidas, com o mesmo focus, trabalhando todos no mesmo rumo?

É um trabalho megalómano fazer com que as organizações e os seus responsáveis consigam desenvolver as suas actividades sem meios, neste ambiente de incerteza e de pessimismo, e que mesmo assim consigam atingir os seus objectivos, ou pelo menos alguns deles.

É necessário alguma imaginação, um forte compromisso por parte dos órgãos de topo, mas, acima de tudo, uma comunicação transparente, alinhada e relevante. Nesta altura, a confiança desempenha um papel ainda mais importante do que em actividade corrente normal. Apesar de tudo, as pessoas, os recursos, têm de manter um grau elevado de confiança em quem as conduz, em quem está a tomar decisões, muitas vezes difíceis, e fazendo opções que marcam de modo profundo organizações e pessoas, e que não são de modo nenhum tomadas de ânimo leve.

E desse modo, interessa também responder e aprofundar uma questão já muitas vezes levantada, mas não respondida:

E como motivar os nossos líderes?

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