Como ser feliz no trabalho? Segundo um professor de Harvard, não é o dinheiro nem o cargo

O trabalho ocupa grande parte do tempo de uma pessoa, por isso ser feliz nele assume uma importância considerável. Numa entrevista à Harvard Business Review, Arthur C. Brooks, professor de Harvard, baseado num dos seus estudos, explicou os dois pontos-chave para ser feliz no trabalho.

 

Trabalhar é algo que somos praticamente forçados a fazer para nos desenvolvermos e cobrir as necessidades da vida adulta. Ainda que muitas pessoas encontrem realização pessoal e profissional no seu emprego, uma grande percentagem da população pode não estar a trabalhar naquilo de que mais gosta.

Se tem uma função relacionada com os seus gostos ou estudos, é provável que se sinta privilegiado e feliz, mas, salvo algumas excepções, são muito poucos os que se sentem animados por ter de ir trabalhar dia após dia.

Ser feliz no trabalho pode parecer algo reservado a poucos, mas a verdade é que existem fórmulas para chegar lá. Num episódio da rubrica de vídeo “The New World of Work” da Harvard Business Review, Arthur C. Brooks, professor de Harvard, explicou como ser feliz no trabalho.

E começou por uma primeira afirmação bastante contundente: «Se está infeliz no trabalho, é muito provável que também o esteja na vida.» Mas Brooks não se refere ao facto de termos de estar na profissão de sonho e com a qual nos sentimos realizados ao máximo: «Para ser feliz no trabalho não é preciso ter um emprego fascinante, que represente o pináculo dos feitos académicos ou o uso mais prestigiante do potencial, e muito menos ganhar um salário elevado. O que mais importa não é tanto o quê, mas sim quem e porquê.»

O segredo para ser feliz no trabalho

O salário, o ambiente laboral, a qualidade do trabalho, o chefe, a conciliação, a facilidade de adaptação, a localização… são muitos os factores que podem influenciar a forma como cada um se sente no emprego, mas o estudo de Harvard foi mais longe e aponta para elementos mais intangíveis.

De acordo com o professor Brooks, o sucesso conquistado e o serviço aos demais são os pontos-chave para os profissionais mais felizes no trabalho. «Sentem que estão a conquistar o seu sucesso, ou seja, estão a criar valor com a sua vida profissional, as suas conquistas estão a fazer a diferença e são reconhecidos por isso. Em segundo lugar, sentem que estão a servir os outros de modo que precisam delas. Essas são as duas chaves», garantiu.

O primeiro ponto está relacionado com o esforço e os resultados obtidos. Ser capaz de desenvolver algo que tenha valor para o colaborador, para a empresa e para os colegas transmite uma sensação reconfortante. Portanto, ser dedicado, não procurar atalhos para realizar as tarefas e avançar com os projectos, contribuem para a felicidade no trabalho.

«Um profissional pode trabalhar na sua especialidade ou conseguir o emprego dos seus sonhos, mas nada disso importa, sempre e quando no final do dia puder dizer que fez o seu trabalho com amor e excelência», explicou Brooks.

Quanto ao segundo ponto, servir os outros, ser um bom colega e focar a atenção nos outros, como trabalhadores e como pessoas, também aumenta a felicidade no trabalho. «Se considerarmos o nosso trabalho como um serviço aos outros, alcançaremos uma satisfação muito mais profunda», realçou.

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