Conselho Editorial: A (in)Sustentabilidade da Segurança Social
O aumento da idade da reforma e a sustentabilidade (ou não) da Segurança Social foi um dos temas em destaque em mais um almoço do Conselho Editorial, no Restaurante Il Gattopardo, no Hotel Dom Pedro, em Lisboa.
Que o actual regime da Segurança Social não é sustentável a longo prazo, parece ser consensual. Concorda-se que a carga fiscal vai ser insuficiente. Com a agravante da baixa taxa de natalidade que, com o aumento da esperança média de vida, resulta numa população envelhecida. Mas quando respeita a soluções, as opiniões dividem-se. Apostar em regimes privados, aproximando a Europa da América? Mas o Estado teria sempre que pagar as “ineficiências”. Trata-se de uma questão social, de pessoas que já não podem gerar proveito e assegurar a sua subsistência. Estará então a resposta em sistemas mistos? Investir em literacia financeira?
As empresas também têm um desafio com o aumento da idade da reforma. Estarão os profissionais disponíveis para aceitar cargos de menor relevância e salário inferior? Eventualmente criar a figura de conselheiro ou consultor em empresas mais pequenas poderá ser uma via.
Estiveram presentes, os conselheiros: Ana Porfírio (Jaba Recordati), Catarina Tendeiro (Ageas Portugal), Diogo Alarcão (Mercer Portugal), Felipa Oliveira (Korn Ferry), Fernando Neves de Almeira (Boyden Portugal), Inês Veloso (Randstad Portugal), Isabel Borgas (NOS), Maria João Martins (My Change), Paula Carneiro (EDP), Pedro Fontes Falcão (INDEG- -ISCTE), Pedro Raposo (Banco de Portugal), Paulo Pisano (Galp) e Vanda Jesus (Microsoft Portugal).
Artigo publicado na Revista Human Resources n.º 94 de Setembro de 2018.