Conselho Editorial: E a reforma da educação?

O ensino superior tem dado saltos qualitativos no sentido de dar resposta às necessidades do mercado. Mas e o ensino secundário, e até o ensino primário, pode continuar a seguir a mesma lógica de há décadas?

Entre os Conselheiros da Human Resources a resposta parece ser unânime: é necessário promover uma reforma efectiva da educação, em todos os níveis de escolaridade. Mesmo no ensino superior há ainda um caminho a percorrer no sentido de adaptar os conteúdos programáticos, e a oferta ao nível dos cursos, às necessidades do mercado. Enquanto há elevado desemprego em determinadas áreas, há falta de profissionais especializados noutras, principalmente na área das Tecnologias de Informação. A revolução tecnológica tem impacto não só no tipo de profissões mas também nas formas de trabalho. Cada vez mais, as novas gerações privilegiam o trabalho flexível. Mas será que as empresas estão preparadas? E a legislação laboral portuguesa, estará? Também aqui não há grande divergência de opinião: não está. E isso pode condicionar a gestão do talento e a competitividade das empresas.

Estiveram presentes no Restaurante Il Gattopardo, no Hotel Dom Pedro, em Lisboa, os conselheiros: Ana Porfírio (Jaba Recordati), Catarina Horta (ANA Aeroportos de Portugal), Catarina Tendeiro (KPMG Portugal), Fernando Neves de Almeida (Boyden Portugal), João Antunes (Sovena), Paula Carneiro (EDP), Paulo Pisano (Galp), Pedro Fontes Falcão (ISCTE INDEG-IUL), Pedro Ramos (Grupo TAP Air Portugal) e Tiago Brandão (Super Bock Group).

Artigo publicado na Revista Human Resources n.º 90 de Abril de 2018.