Conselho Editorial: Quando os profissionais é que escolhem

Num contexto de crescente escassez de talento, está a assistir-se a uma mudança de paradigma. Não raras vezes, numa entrevista de emprego, é o recrutador quem tem que convencer o profissional de que a sua empresa é um bom local para trabalhar.

 

Não será verdade para todas as funções, mas é inegável que a competição pelos melhores talentos é cada vez maior. As empresas vão para as faculdades “namorar” estes talentos logo no ano em que começam o curso, na esperança de serem escolhidas na altura de estes integrarem o mercado de trabalho. Sim, são os talentos que escolhem. E já não lhes interessa, por si só, o trabalho numa grande empresa, interessa-lhes o projecto, o desafio, o propósito, puderem definir os seus próprios horários. Quem sabe até poder trabalhar para várias empresas. O poder negocial mudou para os colaboradores, e mantém-se mesmo depois do “sim”. Porque a retenção é outro grande desafio para as organizações actualmente. O paradigma está a mudar. Mas e as empresas? E os líderes? E a legislação?

Há mais incertezas do que certezas sobre estas novas dinâmicas, e foi essa a reflexão na “ementa” de mais um almoço do Conselho Editorial da Human Resources. Estiveram presentes no restaurante Il Gattopardo, do Hotel Dom Pedro (Lisboa): Carla Gouveia (Korn Ferry), Catarina Tendeiro (Grupo Ageas), Felipa Oliveira (Korn Ferry), Gonçalo Rebolo de Almeida (Grupo Vila Galé), Nuno Ferreira Morgado (PLMJ), Nuno Troni (Randstad), Paula Carneiro (EDP), Pedro Fontes Falcão (INDEG-ISCTE), Pedro Ramos (TAP Air Portugal), Pedro Raposo (Banco de Portugal) e Teresa Cópio (Grupo Dom Pedro).

Artigo publicado na Revista Human Resources n.º 106 de Outubro de 2019.