Conversas sobre Employer Brand: O sector da Construção em destaque

O sector da construção manteve-se em actividade durante a pandemia e foi muitas vezes associado a focos de contaminação. Esta associação teve impacto na gestão de pessoas, sendo dificultada também pelo estigma que se foi gerando. Para conhecer melhor os desafios deste sector, a Randstad reuniu para uma mesa redonda de debate Ricardo Farinha, da administração da Afavias-Engenharia, Ana Rito, administradora da Armando Rito Engenharia e Paulo Ayres, gestor na área de Engenharia e IT da Randstad Portugal.

 

 

No estudo Randstad Employer Brand Research 2021, o sector da construção ocupa o 13º lugar em matéria de atractividade para trabalhar. No top 3 de EVP (Employer Value Proposition) encontra-se em primeiro lugar o crítério de saúde financeira, que é o 6º da preferência global dos portugueses; em segundo lugar, o critério de boa reputação, que é o 16º mais importante para os portugueses; e em terceiro lugar o critério de Covid-19 local de trabalho seguro, o 8º de maior relevância para a generalidade dos inquiridos no estudo da Randstad. Neste sector, a empresa mais atractiva para trabalhar é a Afavias – Engenharia.

Se tiver interesse em conhecer o estudo na íntegra, solicite aqui.

Em destaque

  • O sector da construção sofre de uma percepção menos positiva apesar de ter sido um dos que continuaram em actividade durante a pandemia. No entanto, já antes da pandemia, a atractividade do sector não era muito elevada. Isto tem a ver com o facto da construção depender dos ciclos económicos e daí advir alguma precariedade das profissões. A pandemia só acentuou essa baixa atractividade.
  • O facto de ser um sector onde o teletrabalho não se verifica, em grande parte, também não ajudou à atractividade.
  • Na área de projecto foi mais fácil implementar as medidas de protecção das pessoas do que na construção civil, onde muito do trabalho é feito no exterior.
  • Para aumentar a confiança, é essencial a comunicação da empresa em relação à pandemia como um todo. A área de segurança deve estar muito conectada para não existir nenhum surto.
  • O medo de ir trabalhar combate-se com uma grande ênfase na importância da segurança dos trabalhadores. A política de recursos humanos tem um papel fundamental nesta pandemia.
  • É importante que as empresas tenham planos de contingência onde se salvaguarde a segurança dos trabalhadores, mas permitindo que os trabalhos se desenvolvam.
  • A área de engenharia não tem muito em conta uma visão do Employer Brand para tornar a marca atractiva para trabalhar. Mas o facto de haver empresas onde não houve surtos, bem como a continuidade do trabalho durante a pandemia, pode ser utilizado como argumento de atractividade.
  • A segurança tem várias perspectivas: a sanitária ganhou agora muita importância, mas a segurança no local de trabalho é uma preocupação constante do sector há já muito tempo.
  • A tecnologia é uma realidade cada vez mais importante na área de projecto e, nesse sentido, o sector está a mudar em termos transformacionais de automatição e robótica.
  • A Construção 4.0 já é uma realidade no terreno. Já existem obras onde não existe sequer papel, sendo todo o processo digitalizado. Por isso, as competências na frente de obra estão a mudar totalmente.
  • O sector da construção será um dos que menos vão sentir as mudanças que a pandemia provocou no mercado de trabalho.

Assista aqui à mesa redonda de debate:

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