Corrida ao subsídio de desemprego dispara durante a pandemia

O agravamento do desemprego ainda não aparece nos dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao segundo trimestre, mas o Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSSS) mostra de forma inequívoca a degradação que está em curso no mercado de trabalho, avança o “Dinheiro Vivo”.

 

De acordo com as contas do “Dinheiro Vivo”, no segundo trimestre deste ano, os centros do IEFP (Instituto do Emprego e da Formação Profissional) registaram mais 47.886 beneficiários de prestações de desemprego, naquele que é segundo maior aumento trimestral (face aos primeiros três meses do ano) das séries oficiais que remontam ao início de 2000.

Destaca-se ainda que, neste segundo trimestre, os centros do IEFP (Instituto do Emprego e da Formação Profissional) registaram mais 47.886 beneficiários de prestações de desemprego, naquele que é segundo maior aumento trimestral (face aos primeiros três meses do ano) das séries oficiais que remontam ao início de 2000.

O distrito mais afectado é Faro, onde o número de pessoas apoiadas com prestações de desemprego triplicou (subida de 200% no final de Junho face a igual período de 2019), reflexo directo do colapso e da interrupção no turismo.

A segunda região mais afectada é Viana do Castelo, também muito dependente do fluxo turístico; aqui o aumento é de 82%.

Segundo a tutela da ministra Ana Mendes Godinho, citada pelo “Dinheiro Vivo”, as prestações em causa são subsídio de desemprego (a esmagadora maioria dos casos), subsídio social de desemprego (inicial, subsequente e prolongamento deste apoio) e medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração.

Os serviços da Segurança Social também informam que no final de Junho havia 221,7 mil pessoas a receber subsídios de desemprego.

O número de beneficiários subiu mais de 38% face ao segundo trimestre do ano passado, interrompendo assim um longo ciclo de descidas que durava desde o último trimestre de 2013.

Os dados do MTSSS indicam ainda que, agora em termos trimestrais (para comparar com o primeiro trimestre deste ano), os jovens são claramente os mais penalizados pelo desemprego. Mais de metade (50,2%) da subida do número de beneficiários desempregados está concentrada nas idades dos 20 aos 34 anos.

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