COVID-19. Quase todas as empresas adoptaram teletrabalho, mas a maioria de forma parcial

A maioria (63%) das empresas considera que a sua actividade permite teletrabalho e 92% destas adoptou teletrabalho no actual período de pandemia, embora, na maioria, de forma parcial. Os dados são do quinto inquérito feito no âmbito do “Projecto Sinais Vitais”, desenvolvido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE.

 

O inquérito revela ainda que 62% das empresas não tinha experiência prévia de teletrabalho, mas, em 86% dos casos, os processos internos (de gestão, administrativos, de suporte informático) foram facilmente executados neste formato.

Em relação à produtividade, 43% das empresas considera que esta se manteve inalterada, 31% diz que é cedo para avaliar, 16% que piorou e 10% que melhorou.

O mesmo inquérito indica que a redução de custos (27%) e a motivação (26%) são as principais vantagens do teletrabalho, na perspectiva das empresas.

Já em relação às desvantagens, dispersão dos trabalhadores com actividades domésticas e familiares (43%) e a falta de comunicação entre as equipas (30%) são as desvantagens mais apontadas pelas empresas.

A aceitação do teletrabalho por parte dos trabalhadores foi em 57% dos casos elevada ou muito elevada.

Com o regresso generalizado ao trabalho presencial e sendo possível legalmente, 48% das organizações tem intenção de permitir teletrabalho, mas metade destas considera preferível ter situações de teletrabalho dois ou três dias por semana.

Nesta amostra, o número de empresas que já pediu lay-off simplificado tem vindo a reduzir semanalmente. E cerca de 59% das empresas não pensa pedir lay-off.

Ainda assim, 78% das empresas considera que os programas de apoio estão aquém (ou muito aquém) do que necessitam.

O estudo indica ainda que as empresas em pleno funcionamento aumentaram cinco pontos percentuais face à semana anterior. As empresas encerradas reduziram um ponto percentual.

O inquérito questionou as empresas portuguesas sobre a adopção do teletrabalho, numa altura em se inicia a terceira fase do processo de retoma gradual da actividade económica, depois de as medidas de confinamento impostas no âmbito do combate à COVID-19.

Este inquérito integra o Projecto Sinais Vitais que tem como objectivo recolher informação actualizada sobre a posição dos responsáveis pelas empresas portuguesas e sobre o impacto que diferentes situações têm nestas, no quadro da situação de excepção provocada pela pandemia.

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