Cultura e conhecimento possibilitam às organizações posicionarem-se acima das nuvens

Por Daniela Agra, directora Porto e directora Estratégica Brasil, da Atrevia

 

Novos modelos e formatos de trabalho se experienciam, refinam e refazem a uma velocidade jamais comparável. Estudos e análises de caminhos se vão publicando e pautando através de distintos cenários de trabalho e de vida. Reflexões sobre como o tempo “estica” quando lhe damos essa oportunidade, imergem e ganham sentido. A necessidade de abrandar para ter perspectivas, também, se vai vislumbrando, assim como a possibilidade de se ganhar consciência de outros panoramas.

Agilidade e tomadas de decisão são os ingredientes base numa organização nos tempos que correm e acredito que nos tempos vindouros também. Identificar de forma incontornável onde recai a taxa de esforço é uma obrigatoriedade, não só da organização como das suas pessoas. Melhorar hábitos, as prioridades de agenda, o controlo de calendário faz-nos acreditar e caminhar para um futuro. Pensarmos como estamos a gastar o tempo e nos estamos a comportar, sensibiliza as pessoas da organização, pelo facto de que a distância implica confiança e confiança conquista-se dia-a-dia com tomada de acção.

As organizações assumem cada vez mais responsabilidade no seu papel interventivo de fazer vivenciar a sua cultura e de fomentar o conhecimento nas mais diversas áreas da sua atividade. Ajudar as suas pessoas a identificar um significado no caminho é fundamental, pois quando não o têm todos os caminhos servem. As organizações têm hoje a oportunidade de traduzir o sonho em realidade e influenciar positivamente o seu público interno.

Na situação actual em que vivemos é mais difícil promover o envolvimento e a partilha dos valores da organização e fomentar a união entre equipas. No entanto, através do investimento na cultura empresarial, os líderes conseguirão estar sempre ao lado dos liderados.

O grande desafio é envolver todas as pessoas e estabelecer a normalidade com base nos novos pressupostos das organizações virtuais. Entre os factores estratégicos, está a garantia da qualidade de vida no trabalho e a motivação pessoal. Aqui o plano de carreira toma proporção, tornando-se essencial.

A produtividade é, agora, quantificada através de novos modelos de gestão estratégica e inovadoras técnicas de análise organizacional. É assim importante criar dinâmicas que mantenham os colaboradores conectados com a organização de forma a que definam para si novos critérios. A transparência é o principal promotor da partilha da visão e valores às equipas.

Os líderes são responsáveis, através dos seus procedimentos, por direcionar a conduta de quem os segue para que seja alinhada com o propósito da organização. Os líderes são desafiados a apurarem o seu “nunchi” – uma prática coreana sobre saber observar e ouvir, em silêncio, as pessoas e os ambientes que nos rodeiam – o que se torna fulcral para melhorarmos as nossas relações, criarmos conexão, confiança e influência.

O futuro do trabalho, como se tem documentado, será híbrido entre o presencial no escritório e o home office. Muitas empresas já afirmaram querer manter este modelo daqui para frente, sendo que já muitas informaram os colaboradores que farão a combinação de dias em casa com o restante da semana no escritório.

As barreiras geográficas ficaram mais atenuadas e todas as distâncias ficaram colmatadas por várias ferramentas que se têm vindo a revelar muto profícuas. As pessoas são a força fundamental das empresas e uma cultura organizacional positiva e estrategicamente válida tem de ter como foco o seu elemento basilar.

 

 

 

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