
Dia da Libertação aumentou em 13 países da UE (Portugal foi um deles). Saiba quanto é que os portugueses têm de trabalhar só para pagar impostos
A subida da carga fiscal em Portugal fez com que o dia da libertação de impostos fosse, este ano, a 13 de Junho, mais tarde do que no ano passado.
Em teoria, aquele é o dia até ao qual apenas trabalhamos para pagar encargos fiscais, e a partir do qual todo o rendimento é lucro. Os franceses são os que têm o dia de libertação de impostos mais tardio, o que significa que têm a carga fiscal mais alta, mas nem por isso têm os melhores serviços público, revelou o Jornal de Notícias.
O dia da libertação de impostos foi, em Portugal, a 13 de Junho, de acordo com o Instituto Económico Molinari, de França, com cálculos da consultora EY. O exercício foi feito para o salário médio de um trabalhador solteiro e sem filhos. Calcularam-se impostos como o IRS, IVA e contribuições para sistemas de protecção social, das empresas e dos trabalhadores.
No último ano, Portugal voltou a estar pior do que a média da União Europeia e foi um dos 13 países que registaram um aumento do dia da libertação (mais um dia). O maior agravamento deu-se na Finlândia (mais nove dias), embora França continue a liderar.
Houve oito países que se libertaram dos impostos no mesmo dia do ano passado e seis que recuaram no calendário. Este dia resulta de um conceito teórico criado nos anos 40 pelo empresário Dallas Hostetler, da Florida, nos Estados Unidos. Segundo o Instituto Molinari, este ranking fornece «números sobre a pressão social e fiscal suportada pelo trabalhador médio, permitindo entender o impacto real dos impostos e contribuições sociais».
No caso português, segundo o mesmo instituto, os patrões pagam em média 181 euros por cada 100 euros que os trabalhadores ganham.