Diploma do ensino superior ainda é sinónimo de mais oportunidades de trabalho e melhores salários, comprova estudo

Os que têm canudo há mais tempo, bem como o que têm qualificações superiores com níveis mais elevados, tendem a beneficiar de melhores condições no mercado de trabalho, seja porque não lhes falta trabalho, seja porque são mais bem pagos, avança o Negócios. É uma das conclusões de um estudo desenvolvido pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) em colaboração com o Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES).

 

O trabalho contou com a participação de mais de 35 mil diplomados do ensino superior e conclui ainda que Menos de 30% dos diplomados do Ensino Superior em Portugal tem pais com formação superior, os restantes têm no máximo o ensino básico completo,

No que respeita às diferenças de género, verifica-se que os homens continuam a ganhar mais do que as mulheres e têm níveis de emprego mais altos. «Os diplomados do sexo masculino ganham, em média, mais 19-23% do que os diplomados do sexo feminino» e «apresentam um nível de emprego mais elevado, um nível de desemprego mais baixo, contratos com mais estabilidade, níveis mais elevados de satisfação profissional e um nível mais elevado de alinhamento entre a formação superior e o emprego», conclui o estudo.

A idade e o número de anos no mercado de trabalho trazem vantagens salariais e a remuneração dos diplomados com cinco anos no mercado de trabalho é superior do que os que concluíram as suas formações há cerca de um ano.

O mesmo se aplica ao nível de graduação. Quanto mais elevadas são as qualificações, maior é o nível salarial, concluindo o estudo que «os licenciados/mestres ganham 18- 25%/46-50% mais do que os diplomados dos programas de ensino superior de ciclo curto».

Também há diferenças «ao nível das grandes áreas de educação/formação». «Os cursos de ciências empresariais, administração e direito; TICs e engenharia, indústrias transformadoras e construção; e saúde» por exemplo são aqueles que proporcionam «níveis mais elevados de emprego, menores riscos de desemprego, salários e satisfação profissional mais elevados, contratos mais estáveis e maior probabilidade de alinhamento entre a formação superior e o emprego».

Experiência no estrangeiro durante os estudos tem igualmente efeitos positivos. «A experiência internacional dos diplomados durante a sua formação superior está associada a maiores níveis salariais.» E mantém-se no mercado de trabalho já que há «maior propensão para a mobilidade internacional».

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