E a produtividade? Sim, a produtividade!
Por Ricardo Florêncio
Portugal é um dos países da União Europeia (conforme indicam vários estudos) em que mais horas se trabalha. Ranking preocupante atendendo à importância do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional como índice de bem-estar da população. Contudo, este ranking deveria levar-nos a uma conclusão: devíamos ser dos países com maior capacidade de produção, com maior criação de riqueza. E, infelizmente, não somos, estando mesmo muito longe disso. Porquê? Porque não é suficiente trabalhar muitas horas. O que é mesmo necessário é que essas horas de trabalho sejam produtivas. O que interessa são os resultados dessas horas de trabalho, a riqueza que se produziu desse trabalho. E, neste campo, os nossos rankings também não são nada famosos. Agora a questão é: como será possível sermos mais produtivos? O que temos de fazer para que todas essas horas que dedicamos ao trabalho possam ser efectivamente produtivas? O que será necessário mudar? O que temos de mudar? Costumes, hábitos, cultura, mentalidades? Talvez de tudo um pouco! Quando conseguirmos, se conseguirmos, fazer essa mudança, seremos um país com maior criação de riqueza, e decerto trabalharemos menos horas, podendo assim dedicar mais tempo a outras actividades de índole pessoal.
Editorial publicado na revista Human Resources nº 144, de Dezembro de 2022