E vamos continuar a falar do teletrabalho?!

Por Ricardo Florêncio

 

É verdade que muito mudou. Mas, talvez, o que mais mudou tenha sido o conceito do que é racional. Quem se desloca pelas cidades e pelo País, e está atento às notícias, dá conta de que grande parte da população está nas ruas. Levando uma vida, diria, no contexto actual, quase normal. Deslocando-se, passeando, frequentando os estabelecimentos comerciais, indo a restaurantes e cafés, a espectáculos culturais e musicais, a eventos desportivos, fazendo desporto, os estudantes vão aos seus estabelecimentos de ensino, etc., etc., etc. Nos fins-de-semana, é um rodopio constante.

Tudo isto é normal. Mas já não é normal, nem será racional, estarem persistentemente a apelar, a recomendar, ao teletrabalho, ao trabalho remoto, como remédio para os tempos em que vivemos. Pelas mensagens que nos vão passando, e que parece que nos querem transmitir, parece que o modelo presencial do trabalho é a grande causa, o grande problema, da situação actual pandémica que vivemos. O que não é verdade, e todos sabem que não é verdade.

Deste modo, deixem as empresas e os seus colaboradores escolherem os modelos de trabalho que mais vão ao encontro das suas necessidades e dos seus objectivos. E foquem-se nos verdadeiros problemas.

Editorial publicado na revista Human Resources nº 132, de Dezembro de 2021

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