
Estudo revela que a maioria dos profissionais se sente mais confortável a trabalhar de forma remota
Um estudo recente da Kaspersky agora divulgado e que teve a participação de 4.303 trabalhadores informáticos, revelou que 54% deles relataram um aumento do volume de trabalho desde que mudaram para o trabalho remoto, sendo que de entre eles 18% descreveram este aumento como significativo. 37% não notaram uma alteração no volume de trabalho, e apenas 9% notaram uma diminuição devido a novas condições de trabalho.
A digitalização das interacções profissionais foi uma das mudanças mais rápidas de 2020. No início do confinamento, 82% dos gestores estavam preocupados que a rápida mudança para o teletrabalho levasse a uma diminuição da produtividade, enquanto 69% dos colaboradores afirmaram que o trabalho à distância afectava negativamente o seu estado emocional. Ao aproximarmo-nos do final do segundo ano da pandemia, é altura para reavaliar as implicações do trabalho à distância para aqueles que trabalham no sector de IT.
«Embora o estudo revele que mais de metade dos colaboradores sofreu um aumento do volume de trabalho, 64% dos inquiridos não se sentem mais cansados no final de um dia remoto», refere a Kaspersky, «36% declararam ter mais energia a trabalhar a partir de casa, e 28% afirmaram não notaram uma diferença entre os dois formatos».
No que se refere à estabilidade emocional, o formato remoto foi bem recebido pelos colaboradores: 67% relatam sentir-se mais confortáveis a trabalhar à distância ou não notaram um aumento de ansiedade associado a horas extraordinárias, enquanto 41% dos inquiridos afirmaram sentir-se ainda mais confortáveis a trabalhar a partir de casa.
Em paralelo, «a percentagem de trabalhadores que se sentiam desconfortáveis por se distanciarem dos seus colegas era ainda bastante significativa, com 36% dos inquiridos a dizerem que se sentiam mais cansados e 33% a relatarem que sentiam mais ansiedade a trabalhar a partir de casa», refere o referido comunicado.
Uma solução que se está a revelar popular entre os colaboradores em geral, é o modelo de trabalho híbrido. Este formato é altamente favorecido entre colaboradores, com quase metade (45%) a mudarem para um formato de trabalho híbrido em meados de 2021.
Outra solução bem-vinda é a implementação de práticas de bem-estar empresarial. 80% das empresas estão a investir em cursos de formação para melhorar as competências nucleares, tais como gestão e poupança de tempo (31%). As empresas estão também a oferecer vantagens, tais como tempo livre adicional pago ou férias anuais (30%), e a proporcionar consultas e cursos de bem-estar online (29%). No entanto, o estudo indica que ainda há muito trabalho a ser feito para mitigar o aumento do volume de trabalho dos colaboradores remotos. Apenas 45% das empresas aplicaram pelo menos uma medida prática, como a automatização das operações de segurança ou a contratação de pessoal adicional para fazer face ao esgotamento dos colaboradores.
À medida que as necessidades dos colaboradores evoluem, o mesmo deve acontecer com as estratégias para os liderar. A Kaspersky e o Global Centre for Healthy Workplaces aconselham:
• Abordar as questões subjacentes ao burnout de uma forma sistemática, não só o volume de trabalho, mas também o equilíbrio entre controlo/procura, práticas de gestão, previsibilidade, apoio social, redistribuição do trabalho, etc. Estes factores têm de ser avaliados e geridos ao longo de todo o processo.
• Utilizar uma combinação de estudos e indicadores para assegurar uma abordagem consistente e eficaz em relação ao bem-estar dos colaboradores, como por exemplo, inquéritos de compromisso, avaliação de risco psicossocial, de bem-estar, utilização de Programas de Assistência aos Colaboradores, licenças por doença, inquérito de stress ou inventário de burnout.
• Se as circunstâncias do negócio o permitirem, ser flexível e aberto a várias práticas de trabalho. Os formatos híbridos podem proporcionar a flexibilidade necessária à força de trabalho actual, assegurando ao mesmo tempo o foco na entrega de resultados.
• Educar os colaboradores para utilizarem práticas básicas de segurança quando trabalham à distância, tais como, evitar tornar-se vítima phishing, ou como gerir contas e palavras-passe.
• Ajudar os colaboradores a gerir o seu bem-estar digital. Hoje em dia, como utilizamos mais tecnologia, é importante manter o equilíbrio certo.