Face à instabilidade económica, esta será a prioridade estratégica para oito em cada dez CEOs

Oito em cada dez CEOs afirmam que a criação de novos negócios será uma das suas prioridades estratégicas nos próximos anos, apesar da actual conjuntura de instabilidade económica. Esta é uma das principais conclusões do inquérito anual “New-business building” da McKinsey & Company que recolheu respostas de mais de 1000 líderes empresariais em todo o mundo.

 

Os responsáveis inquiridos afirmam que as suas empresas já estão a investir uma parte significativa das suas receitas no desenvolvimento de novos negócios (5%), criando uma média de 1,5 novos negócios por ano, em comparação com 1 negócio há dois a cinco anos.

No entanto, para satisfazer as expectativas dos inquiridos quanto às receitas que poderão resultar dos novos negócios construídos nos próximos cinco anos, as empresas, particularmente as maiores, terão de aumentar rapidamente o número de negócios que criam, bem como a sua dimensão e taxas de sucesso.

De acordo com os resultados deste inquérito, os executivos esperam que o desenvolvimento de novos negócios por parte das suas empresas contribua para 29% das receitas totais da organização nos próximos cinco anos, contra os 12% verificados nos últimos cinco anos.

A análise da McKinsey salienta ainda que, assumindo que as taxas médias de sucesso dos novos negócios se mantêm constantes, as empresas terão de duplicar o número de novos negócios que criam anualmente para conseguirem responder a estas expectativas de receitas, ou seja passar dos actuais 1,5 para 3,5 negócios por ano.

Além disso, as empresas com receitas anuais superiores a mil milhões de dólares (960 milhões de euros) terão de estabelecer um objectivo mais elevado, que passa pela criação de sete novos negócios por ano durante os próximos cinco anos.

O relatório mostra que as empresas estão a criar mais negócios focados na sustentabilidade do que há cinco anos, com 29% dos inquiridos a referir que as suas empresas irão desenvolver um negócio focado em sustentabilidade nos próximos cinco anos.

A maioria espera que as suas empresas possam oferecer serviços tais como o financiamento sustentável, ou produtos e materiais sustentáveis, como painéis ou baterias solares. Sectores como o turismo, logística e infraestruturas esperam que a maioria dos seus novos negócios verdes se concentrem em serviços intangíveis ou infraestruturas sustentáveis, enquanto nos bens de consumo e no comércio a retalho, o foco está nos serviços e produtos físicos.

Em termos de financiamento, apesar de os recursos internos serem a fonte mais comum de investimento na criação de novos negócios, também se verifica o recurso a fontes externas como empresas de capital de risco e de participações privadas, bem como subvenções. De facto, os dados do inquérito mostram que os novos negócios que receberam financiamento externo têm mais probabilidades de sucesso do que os que recebem outros tipos de financiamento.

Além disso, para que um novo negócio tenha sucesso, as empresas podem olhar para as práticas já implementadas por outras empresas com sucesso. As conclusões do relatório salientam que o sucesso de novos negócios depende em grande parte da tomada de decisões com base em dados, da definição de uma estratégia eficaz, bem como da existência de recursos suficientes por parte da sua organização central e de um processo claro e normalizado para escalar os novos negócios.

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