Formação profissional vai ser obrigatória para estes condutores

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer obrigar os tuk-tuks a terem uma licença para poderem operar na cidade e os seus condutores a passarem por um processo de formação profissional, para poderem desempenhar a sua actividade.

Ao mesmo tempo, a autarquia da capital quer também impor um tecto de meio milhar de veículos autorizados a estacionarem na cidade, em que metade deles serão para os que estejam directamente licenciados junto da câmara. Estas são algumas das novidades saídas da primeira reunião de trabalho, organizada pela câmara chefiada por Carlos Moedas, para tentar impor ordem na actividade dos veículos turísticos a operarem na cidade.

A publicação revela que na reunião, que será o prelúdio para outros encontros de trabalho que culminarão na definição de regras claras de estacionamento e circulação, bem como na criação de um regulamento há muito aguardado, além do vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), participaram também a Associação Nacional de Condutores de Animação Turística (ANCAT), a Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos e a Associação Guias Intérpretes e Correios de Turismo. No encontro estiveram também representantes da PSP, da Polícia Municipal e da EMEL. Dele sai também a certeza de que apenas os veículos eléctricos serão autorizados a circular em determinadas zonas da cidade.

Numa nota emitida pela Câmara de Lisboa é anunciada uma nova era de apertada fiscalização à actividade deste tipo de veículos, em particular do seu estacionamento, a efectuar tanto pela PSP, como pela Polícia Municipal e pela EMEL. Na referida nota, Carlos Moedas fala mesmo na imposição de «uma tolerância zero para algumas das zonas que têm sido fortemente massacradas com uma presença desregulada deste tipo de veículos».

A Câmara de Lisboa anuncia também que «pretende diminuir para metade, 500, o número de veículos habilitados a estacionar no espaço público na cidade» e explica que o objectivo é «criar 250 lugares autorizados de estacionamento para veículos licenciados junto da CML». Actualmente, diz a autarquia, «os números apontam para a existência de cerca de mil veículos tuk-tuk a operar na cidade de Lisboa».