Fórum Económico Mundial identifica os 10 maiores riscos globais para os próximos dois e a dez anos. E o maior vai mudar
Conflitos e confrontos geoeconómicos desencadearam um conjunto de riscos globais profundamente interligados, de acordo com o Global Risks Report 2023 do Fórum Económico Mundial. Estes riscos incluem crises de abastecimento de energia e de alimentos, que deverão persistir nos próximos dois anos, e fortes aumentos do custo de vida e do serviço da dívida. O relatório identifica Top 10 riscos a dois e a 10 anos.
Estas são as conclusões do Global Risks Report 2023, que defende que a janela de acção sobre as ameaças mais graves a longo prazo está a fechar-se rápida e concertadamente, sendo necessária uma acção colectiva antes que os riscos atinjam um ponto de ruptura.
O relatório, realizado em parceria com a Marsh McLennan e o Zurich Insurance Group, tem por base as opiniões de mais de 1200 especialistas globais em riscos, decisores políticos e líderes empresariais.
Ao longo de três períodos de tempo, o relatório apresenta um quadro do panorama global de riscos que é simultaneamente novo e assustadoramente familiar, uma vez que o mundo enfrenta muitos riscos pré-existentes que anteriormente pareciam estar a diminuir.
Actualmente, a pandemia e a guerra na Europa trouxeram de volta crises energéticas, inflaccionistas, alimentares e de segurança. Estas crises criam riscos subsequentes que irão dominar os próximos dois anos: risco de recessão; crescente sobre-endividamento; crise do custo de vida; sociedades polarizadas devido à desinformação e à má-informação; um hiato na rápida ação climática; e uma guerra geoeconómica de tudo ou nada.
A menos que o mundo comece a cooperar mais eficazmente na mitigação e adaptação das alterações climáticas, nos próximos 10 anos assistiremos ao aquecimento global contínuo e à degradação ambiental. A falha na mitigação e adaptação das alterações climáticas, as catástrofes naturais, a perda de biodiversidade e a degradação ambiental representam cinco dos 10 maiores riscos – sendo a perda de biodiversidade vista como um dos riscos globais que mais rapidamente se deteriorará durante a próxima década.
Em paralelo, as lideranças orientadas para crises e os confrontos geopolíticos correm o risco de criar uma agitação social a um nível sem precedentes, à medida que os investimentos em saúde, educação e desenvolvimento económico desaparecem, corroendo ainda mais a coesão social. Finalmente, as rivalidades crescentes não só correm o risco de aumentar o armamento geoeconómico, como também de remilitarização, principalmente através de novas tecnologias e de agentes desonestos.
Conheça o Top 10 riscos a dois anos e a 10 anos:
Top 10 riscos a dois anos
1. Crise do custo de vida
2. Catástrofes naturais e eventos climáticos extremos
3. Confronto geoeconómico
4. Falha na mitigação das alterações climáticas
5. Erosão da coesão social e polarização da sociedade
6. Incidentes com danos ambientais em larga escala
7. Fracasso na adaptação às alterações climáticas
8. Cibercrime generalizado e insegurança cibernética
9. Crises de recursos naturais
10. Migração involuntária em larga escala
Top 10 riscos a 10 anos
1. Falha na mitigação das alterações climáticas
2. Fracasso na adaptação às alterações climáticas
3. Catástrofes naturais e eventos climáticos extremos
4. Perda de biodiversidade e colapso dos ecossistemas
5. Migração involuntária em larga escala
6. Crises de recursos naturais
7. Erosão da coesão social e polarização da sociedade
8. Cibercrime generalizado e insegurança cibernética
9. Confronto geoeconómico
10. Incidentes com danos ambientais em larga escala