IPS alia-se à China para promover Indústria 4.0

Cinco meses depois de estabelecida a parceria entre o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e o Governo Municipal de Tianjin, na China, foi inaugurada oficialmente a Oficina Lu Ban Portuguesa,  a «única unidade em Portugal e a sexta no mundo a possibilitar um ensino e uma investigação de excelência na área da Indústria 4.0». 

 

A inauguração aconteceu quarta-feira passada (5 de Dezembro), no edifício da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), no dia em que o presidente da China, Xi Jinping, concluía a sua visita de Estado a Portugal.

O presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, destaca que a Oficina Lu Ban Portuguesa, construída em colaboração com a Escola Vocacional de Mecânica e Electricidade de Tianjin, é «um projecto inovador, que queremos que seja partilhado com a comunidade», e que encerra «potencialidades imensas». Entre elas, a nível pedagógico, o «desenvolvimento de uma investigação baseada na prática e a criação de projectos multidisciplinares com a integração de docentes de várias áreas e também de empresas, construindo soluções para problemas complexos e assim potenciando a inovação e a competitividade empresarial», enumerou.

Numa altura que o IPS se prepara para comemorar, em 2019, os seus 40 anos, e também o restabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a China, a Oficina Lu Ban Portuguesa assume simbolicamente a natureza de um presente. O presidente do Governo Municipal de Tianjin, Zhang Guoqing, salientou: «Lu Ban, famoso carpinteiro e inventor que viveu há mais de dois anos, não é apenas um nome, representa um espírito, é sinónimo de trabalho, sabedoria e inovação. Que a Oficina Lu Ban Portuguesa possa também transmitir este espírito, sendo um modelo, uma inspiração para outras partes do mundo.»

Já João Sobrinho Teixeira, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, fez notar que esta Oficina merece «toda a estima e apoio», sendo um projecto que está «muito de acordo» com algumas das missões definidas para o ensino superior politécnico português, nomeadamente a «valorização das práticas pedagógicas e a passagem direta do conhecimento para a realidade empresarial» e a «valorização das nossas regiões». Que  nova unidade de ensino tecnológico seja, não só «um motor em termos de mobilidade de alunos entre Tianjin e Setúbal e vice-versa», como também «indutora de uma ligação cada vez maior entre o nosso ensino politécnico e o ensino vocacional da República Popular da China, especialmente da cidade de Tianjin», concluiu.

 

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