
Marco Pondrelli, Global Talent director do Grupo Logista: lançar as bases para capacitar os sucessores de amanhã
Enfrentar as mudanças, cada vez mais rápidas, é o grande desafio do Grupo Logista. O segredo está em ter uma força de trabalho mais bem preparada, e isso faz-se através da capacitação, principalmente dos jovens.
Por Tânia Reis
Em Portugal, a Logista opera na área dos transportes e distribuição de produtos de tabaco, de conveniência e farmacêuticos, entre outros, para 17 mil pontos de venda como lojas de conveniência, estações de serviço e farmácias. Com presença de Norte a Sul, incluindo Madeira, conta actualmente com 840 colaboradores, 207 dos quais externos à empresa.
A gestão destes e dos restantes mais de sete mil colaboradores espalhados pelos outros seis países onde o grupo opera é feita «através de um modelo global que integra tanto acções colectivas, ligadas à estratégia empresarial, como acções individuais, ligadas ao desenvolvimento dos profissionais da empresa», explica Marco Pondrelli, Global Talent director do Grupo Logista. E, logo à partida, três pilares surgem em grande destaque no que toca às pessoas: diversidade, capacitação e gestão de talento.
No âmbito da diversidade, ainda que o género masculino esteja em maioria (69,6%), é compensada a dois níveis, etário – as idades dos colaboradores vão dos 19 aos 66 – e de nacionalidade. «Na Logista, temos a sorte de contar com pessoas de mais de 50 nacionalidades a nível europeu, o que demonstra o nosso compromisso com a diversidade, que nos enriquece e traz tanto valor social como uma perspectiva mais ampla que, sem dúvida, estimula a própria evolução da empresa», garante.
A diversidade cognitiva também não é descurada, e a empresa reforçou os acordos com várias associações para apoiar no aumento de contratações de pessoas com diferentes capacidades. «Em 2024, 226 pessoas com incapacidade trabalhavam para a empresa a nível europeu, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.» Também as instalações e os centros de trabalho do grupo são acessíveis, com «a adição de casas de banho de acesso universal, rampas de acesso e lugares de estacionamento específicos, entre outros», complementa.
Para transmitir esta cultura e estes valores a todos os profissionais, Marco Pondrelli identifica duas acções globais de «formação em diversidade e inclusão e liderança em ambientes inclusivos e em ética e conformidade».
De um modo geral, no que à capacitação diz respeito, é a partir do Centro de Talento de Excelência que promovem a formação aos vários os níveis da organização, para garantir que todos os colaboradores se sentem «realizados com uma aprendizagem contínua, que lhes permita continuar a crescer no seu dia-a–dia de trabalho», afirma o responsável, dando nota das diferentes experiências de aprendizagem presenciais e remotas, que combinam actividades de reflexão, gamificação e simulação. E acredita que são estas ferramentas que proporcionam aos colaboradores «expandir a sua curiosidade e bem-estar, superar desafios, e ampliar perspectivas com uma mente aberta e uma predisposição para a aprendizagem».
O modelo de desenvolvimento 3E – experiência 70%, exposição 20% e educação 10% – permite «trabalhar na concepção e implementação de planos de desenvolvimento e aprendizagem colectivos e individuais», planos esses centrados em iniciativas e programas focados em temas que vão da excelência operacional às vendas, passando por liderança em ambientes diversificados e inclusivos e gestão de projectos. O grupo apoia igualmente a aprendizagem de novas competências, tais como o desenvolvimento de competências digitais, línguas e saúde no trabalho.
«Para nós, esta aprendizagem é a garantia de que nos podem acompanhar no crescimento e desenvolvimento sustentável do negócio, tendo sempre os nossos colaboradores preparados para enfrentar as mudanças contínuas, que acontecem cada vez mais depressa, tanto na vida como nos negócios», assegura Marco Pondrelli. Para tal, considera que é «essencial melhorar as capacidades actuais e adquirir novas competências e aptidões» que resultem numa força de trabalho mais bem preparada para assumir novos desafios e responsabilidades.
Leia o artigo na íntegra na edição de Fevereiro (nº. 170) da Human Resources, nas bancas.
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