Índice da Excelência revela qual o nível de satisfação dos colaboradores com as empresas

A sexta edição do estudo de clima organizacional e desenvolvimento do capital humano Índice da Excelência revela que, mesmo face ao contexto actual de incerteza e recuperação pandémica, o nível de satisfação global dos trabalhadores subiu ligeiramente face ao ano passado, estando agora nos 74,5%. Os resultados estão a ser apresentados esta tarde, em live streaming.

 

Este aumento deve-se principalmente ao contributo positivo das pequenas e medias empresas. Em sentido contrario, as grandes empresas sofreram uma ligeira redução no nível global de satisfação dos seus colaboradores.

Analisando os resultados do estudo desenvolvido pela Neves de Almeida HR Consulting em parceria com a Human Resources Portugal e o ISCTE Executive Education, Gonçalo de Salis Amaral, partner da consultora, destaca que «este aumento manifesta-se na maioria dos seus subdomínios de analise – Dinâmica Organizacional – Práticas de Gestão – Gestão de Pessoas -, com a excepção do Clima Organizacional, onde a redução foi de 2 p.p., face ao ano passado, mantendo-se em níveis altos de satisfação – na ordem dos 77%».

Em termos de iniciativas organizacionais, os colaboradores consideram que a área de investimento prioritária para o próximo ano e a da Compensação e Benefícios, seguindo-se a Formação e a Gestão de Carreiras, em linha com o que já se tinha revelado no ano passado.

Adicionalmente, verifica-se uma subida no ranking das iniciativas as acções de Teambuifding por forma a promover o espirito de equipa e a colaboração. Numa altura em que o trabalho remoto e cada vez mais comum, os trabalhadores sentem a necessidade de ver desenvolvidas iniciativas que promovam a sua ligação com a empresa.

Em relação aos factores de retenção, Goncalo de Salis Amaral faz notar que «o gosto pelo Trabalho Desenvolvido continua a ser a principal razão para que os colaboradores se mantenham nas suas organizações, sendo que se verificou uma subida no ranking, para segundo lugar, da Estabilidade do Emprego, mais valorizada pelos colaboradores das medias e grandes organizações, mantendo-se a Relação com os Colegas, o Work Life Bafance e a Relação com a Chefia Directa no top 5 dos factores de retencao».

Há semelhança da edição passada, a edição de 2021 teve um grande foco nas novas formas de trabalho. Neste âmbito, de destacar que cerca de metade das organizações participantes em que o trabalho remoto e aplicável estão a utiliza-lo, de forma mais ou menos intensiva, de acordo com a função em causa, as políticas organizacionais e as orientações governamentais.

De acordo com o estudo, os participantes que praticam trabalho remoto, 77% estão satisfeitos com esta pratica. O grau de satisfação e maior nas pequenas empresas, com cerca de 82% de satisfação media. Em sentido contrario, cerca de 7% dos trabalhadores inquiridos considera-se insatisfeito com o trabalho remoto, sendo a maioria destes participantes das grandes e medias empresas. A modalidade de trabalho remoto mais praticada pelos participantes e a conjugação de dois dias em trabalho remoto e três dias presencial, especialmente nas grandes empresas.

Analisando o grau de satisfação com o trabalho remoto em maior detalhe, o responsável esclarece que a Autonomia, o Comprometimento, o Foco e a Flexibilidade são os aspectos que denotam maior satisfação», enquanto «a visibilidade interna/progressão de carreira, o numero de horas trabalhado, o sentimento de pertença/comunicação e o trabalho em equipa/colaboração, obtiveram os menores níveis de satisfação.

Sobre o impacto do trabalho remoto nas organizações, para os colaboradores das medias e grandes empresas, o principal impacto positivo esta relacionado com a performance do negócio. Por outro lado, para os colaboradores das pequenas empresas, a qualidade de vida lidera, sendo também este o principal factor para quem trabalha na maioria dos sectores em analise.

Em relação à capacitação das chefias para gerir as equipas remotamente, as pequenas empresas destacam-se positivamente das medias e grandes empresas.

O estudo revela ainda que a maioria das empresas tem regulamentadas praticas de trabalho remoto. As medias empresas são as que apresentam uma maior regulamentação neste âmbito, enquanto as grandes empresas são as que apresentam uma menor regulamentação em alinhamento com a sua menor utilização desta forma de trabalho pelas grandes empresas inquiridas.

 

Na edição de Fevereiro da Human Resources é feita uma análise mais alargada a todos os resultados, dando também a conhecer as empresas que se destacaram pela excelência das suas práticas de Gestão e Pessoas.

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