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No momento de escolher a carreira profissional, faça estas questões a si próprio
Decidir a profissão que queremos exercer pode ser incrivelmente difícil, particularmente quando as opiniões dos outros influenciam as nossas escolhas.
Factores como a remuneração, os horários, o local de trabalho e a mudança de cidade, fazem parte das considerações a ter no momento de pensar qual o caminho mais indicado a seguir. No entanto, nada impede que sejam tomadas decisões erradas e que, mais tarde, se opte por mudar, o que pode ocorrer diversas vezes ao longo da vida.
Escolhermos a carreira de que mais gostamos nem sempre significa que sejamos felizes e nos sintamos realizados, dado que precisamos de reunir um conjunto de variantes para estarmos satisfeitos a nível pessoal e profissional.
Colocar os sonhos como prioridade nunca foi desaconselhado, no entanto é necessário ser persistente e não desistir nas primeiras adversidades. Quando as oportunidades profissionais que surgem impedem os colaboradores de ter condições de vida dignas e pagar as contas ao final do mês, é necessário repensar técnicas e considerar outras opções.
Há quem opte por conciliar vários empregos, dentro ou não da mesma área laboral. Nesta situação, é prioritária a possibilidade de gerir horários e tarefas e fundamental ponderar se a quantidade de trabalho não é exagerada e, a longo prazo, insuportável.
Avaliar os riscos é outra condicionante a ter em consideração no momento de agir, mudar ou arriscar. Ainda que, por vezes, pareça que desistir é mais rentável, este pode ser um caminho sem retorno. Uma oportunidade perdida pode simbolizar um corte na carreira, mas uma escolha que parecia arriscada pode até funcionar e proporcionar progressão profissional.
O receio de escolher o caminho errado pode impedir um profissional de agarrar novos desafios, acabando por viver uma vida que não o preenche nem permite o desenvolvimento das suas competências. Questionar o que queremos da vida, de forma assertiva, pode ajudar a tomar uma decisão profissional, em conjunto com outras questões, tais como:
- Qual é a minha paixão? Será paixão ou apenas curiosidade?
- O que considero interessante?
- Quais as vantagens e desvantagens da opção a ser considerada?
- É o que eu quero ou o que os outros esperam de mim?
- Estou a fazer esta escolha para mostrar à família, amigos e partilhar nas redes sociais? Ou faria esta opção mesmo que ninguém soubesse?
«Não pergunte o que o mundo precisa», aconselhou o filosofo italiano Howard Thurman ao recomendar: «Pergunte a si mesmo o que lhe dá vida e faça-o, porque o que o mundo precisa são pessoas que tenham gosto em viver.» Lutar pelo que se quer não deve ser um fardo, mas um farol que guia e estabelece uma forma de percorrer o caminho. Para descobrir o que dá vida ou o que, pelo contrário, tira e desgasta é preciso identificar os momentos de emoção e desânimo para avaliar o que realmente se gosta.