O que acontece quando os bots de IA não fazem um bom trabalho? Estes dois “repórteres” foram despedidos

James e Rose, os bots de IA que há uns tempos foram designados locutores de notícias do “The Garden Island”, jornal local do Havai, foram dispensados, noticia a Wired.

 

No Havai, a retenção de colaboradores é um problema nos media, e o The Garden Island, na ilha de Kauai, não é excepção. Muitos repórteres – geralmente vindos do continente – mantinham-se alguns anos antes de saírem e alguns duravam apenas meses.

Após uma temporada de dois meses, James e Rose (ou Kai) foram dispensados, uma vez que a sua transmissão foi interrompida, de acordo com um representante da empresa-mãe da The Garden Island, a Oahu Publications (OPI).

A dupla foi concebida pela Caledo, empresa israelita que transforma artigos em vídeos onde apresentadores de IA discutem as notícias entre si e o programa do Garden Island foi o primeiro do género nos Estados Unidos.

Embora a OPI tenha recusado comentar, é provável que uma reacção negativa do público tenha influenciado a decisão de terminar a função de James e Rose no “The Garden Island”.

James, um asiático de meia-idade, e Rose, uma ruiva mais nova, nunca conseguiram descobrir como apresentar as notícias de forma minimamente animadora. O programa, que acontecia duas vezes por semana no Youtube, Facebook e Instagram, cobria temas variados desde uma distribuição de abóboras no Outono a uma vigília por um massacre laboral – tudo no mesmo tom distante e prosaico de seres incapazes de compreender emoções humanas.

Além dos desafios constantes com nomes havaianos, tiveram dificuldades com palavras mais simples. Na sua transmissão final, a 4 de Novembro, enquanto falavam sobre um campeonato de espingardas de ar comprimido, Rose substituiu inexplicavelmente a palavra “rifle” pela palavra “referee” (árbitro).

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