O que pensam os jovens sobre o combate às alterações climáticas? Estão predispostos para um envolvimento activo? A resposta pode surpreender

Um estudo realizado pela NOVA Information Management School (NOVA IMS) revela um marcado cepticismo entre os jovens dos 18 aos 25 anos relativamente à eficácia das suas acções individuais no combate às alterações climáticas, em contraste com uma maior disponibilidade e confiança entre os inquiridos de idades mais avançadas.

 

Realizado através de um inquérito online com a participação de indivíduos entre os 18 e os 76 anos, a investigação procurou avaliar o nível de esperança e a predisposição para empreender acções individuais no combate às alterações climáticas. Verifica-se que os jovens demonstram menor predisposição para o envolvimento activo, com uma média de 7,7 numa escala de Likert em que 10 representa plena concordância com a disposição para agir.

Este grupo evidenciou também um conhecimento limitado sobre medidas específicas a adoptar, registando uma média de 6,2, e manifestou um nível de procura por soluções e conhecimento sobre como contribuir que não ultrapassa os 4,8.

Curiosamente, tanto os jovens como os seniores, com mais de 65 anos, partilham a convicção de que, apesar da desistência de alguns, existirão sempre pessoas empenhadas em combater as alterações climáticas, com os jovens a indicarem um valor de concordância de 8,5 e os seniores de 9,1.

No entanto, os mais velhos mostram-se significativamente mais optimistas quanto à possibilidade de superação dos problemas climáticos se houver um esforço conjunto (com uma concordância de 9,3), em contraste com a concordância dos jovens, que é de apenas 7,3.

Por outro lado, os participantes a partir dos 46 anos mostram-se mais inclinados a tomar medidas pessoais contra as alterações climáticas, ainda que admitam uma redução na confiança ao serem questionados sobre iniciativas específicas e a busca activa por soluções.

Este estudo sublinha a importância de abordagens intergeracionais no combate às alterações climáticas, incentivando uma maior colaboração e compreensão entre as diferentes faixas etárias.

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