O que significa ser um bom líder? Especialistas dão a sua opinião

A pandemia veio acelerar um processo que já tentava mudar a área laboral e trouxe consigo novas formas de trabalhar, que fizeram com que os líderes das empresas tivessem de se adaptar às mudanças e descobrir novas formas de liderar. Rui Barroso, CEO da Kelly, e Patrícia Barão, head of Residential da JLL, concordam que as formas de liderança passam cada vez mais pela proximidade com o colaborador.

 

Rui Barroso explica que a «liderança não é um cargo, é algo que se conquista». Revela ainda que nos primeiros meses no seu novo cargo de CEO fez vários quilómetros para ouvir os colaboradores e transmitir-lhes a confiança necessária para construir e manter uma boa equipa.

Sobre os diferentes estilos, Rui Barroso reforça a importância da liderança baseada na proximidade, «há um estilo mais autoritário, mais centrado no seu líder e muito assente em hierarquias muito vincadas, e depois há um estilo muito mais de proximidade, muito mais centralizado e focado. É neste em que eu mais me identifico e em que mais me inspiro. Ao longo destes 28 anos de carreira fui vendo várias formas de liderança e sem dúvida este é o que para mim funciona melhor».

Neste sentido, salienta que uma característica essencial em qualquer líder deverá ser ter capacidade também de se adaptar ao contexto que tem pela frente.

Esta postura de proximidade com os colaboradores e de um líder menos autoritário, mas que transmita confiança, fazem com que a empresa funcione melhor e com que os colaboradores se sintam confortáveis.

Patrícia Barão reforça ainda que o ambiente de trabalho mais descontraído e que proporcione uma experiência agradável, promovendo o bem-estar do colaborador, permite ter pessoas felizes, equilibradas e com vontade de dar o seu melhor, aspectos que só têm como beneficiar o negócio e a empresa.

Além disto, uma ideia comum a ambos, é de que cabe aos líderes ajudar os colaboradores a serem também bons líderes. Neste sentido, tanto a Kelly e a JLL têm vindo a desenvolver programas que apostam na formação dos seus colaboradores para cargos de liderança.

«Obviamente que temos sempre apoio de entidades e empresas externas, mas o grande objectivo é identificar quem são os potenciais líderes de amanhã e trabalhar com eles naquilo que é uma formação muito direccionada, para que possamos garantir que aquele colaborador vai ter as oportunidades certas, na altura certa, e que vai continuar a entregar o seu talento à nossa empresa», disse Patrícia Barão sobre o programa da JLL.

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