Planos de carreira têm impacto positivo nas empresas

76% das organizações a nível mundial afirmam que esta prática trouxe um retorno positivo no que toca ao investimento realizado, segundo um estudo da Mercer, especialistas em Consultoria nas áreas de Talentos, Benefícios, Pensões e Investimentos.

«As empresas reconhecem que os seus colaboradores são o factor-chave para o sucesso na actual economia global. Focar no desenvolvimento e traçar planos de carreira, pode influenciar o potencial de crescimento dos colaboradores dentro da organização, melhorar rácios de retenção e desenvolver de forma eficaz, do ponto de vista dos custos, uma força de trabalho que contribua para níveis mais elevados de desempenho empresarial», refere José Pedro Sousa, consultor sénior na área de Talent da Mercer Portugal.

De acordo com o estudo da Mercer “Planos de Carreira na Gestão de Talento”, de 2015, 73% das organizações planeiam continuar com a sua estratégia actual, no sentido de construir o talento dentro das suas organizações, em vez de adquirirem o talento no mercado externo – apenas 3% dos empregadores planeiam adoptar esta última abordagem, no próximo ano.

Para as empresas, os melhores programas de talento, resultantes do plano de carreira, são a formação e o desenvolvimento (73%), gestão de desempenho (62%), caminhos de carreira (61%) e planeamento de sucessão (61%), mostra este relatório, conduzido em parceria com o Human Capital Media Advisory Group, ramo de investigaçao das revistas Talent Management e Workforce. O inquérito inclui as respostas de cerca de 1800 profissionais de RH, de mais de 100 países e em mais de 19 sectores de actividade.

Outras conclusões do estudo:

  • Metade das organizações a nível mundial utilizam actualmente planos de carreira e 37% planeiam implementá-los.
  • Os principais desafios da empresa relacionados com o talento, e que impactam os planos de carreira, estão a promover a mobilidade dos colaboradores: o compromisso e a retenção (56%); o benchmark de remuneração (56%); a aceleração das estratégias de talento para concretizar objectivos organizacionais (53%).
  • Na América do Norte, 35% das organizações têm um plano de carreira em curso e menos de metade define uma taxa de referência na qual os colaboradores devem evoluir dentro da organização.
  • Uma em cada duas organizações europeias têm um plano de carreira em curso. Adicionalmente 41% têm planos de acção para implementar um. Contudo, as organizações na Europa são as menos transparentes com os seus colaboradores no que diz repeito ao que é necessário para evoluir dentro da organização.