
Poderá um algoritmo despedir um colaborador em teletrabalho? Está a acontecer na Rússia
A empresa de software Xsolla despediu quase um terço de seus colaboradores depois de um algoritmo ter detectado que havia aplicações que estavam a funcionar e não deviam.
O teletrabalho trouxe o debate sobre até onde devem ir os mecanismos de controle de colaboradores remotos.
Na Xsolla, uma empresa de programação russa, foram despedidos 150 dos 500 programadores depois de se detectar, através de um algoritmo, que eles estavam a usar ferramentas e páginas da Internet não relacionadas com o seu trabalho, revela o site gameworldobserver.com.
O e-mail de despedimento foi escrito pelo CEO e fundador da Xsolla, Aleksandr Agapitov, e dirigido a 150 colaboradores do escritório da empresa localizado em Perm, na Rússia.
Agapitov informou os colaboradores que tinham sido despedidos com base numa análise big data da sua actividade.
Depois dos despedimentos, Agapitov deu uma entrevista na qual explicou que as demissões em massa se deviam ao facto de a empresa ter parado de crescer 40%. Agapitov forneceu mais detalhes, como por exemplo, que o número total de colaboradores dispensados pode chegar a 40% da força de trabalho total da empresa.
O responsável afirmou ainda ao site App2Top.ru, que «às vezes é preciso tomar medidas difíceis e impopulares para continuar a crescer e a evoluir».
Em resultado desta acção, a Xsolla enfrentou reações adversas pois a sua atitude foi encarada como espionagem secreta aos colaboradores, os quais não tinham sido informados dessa vigilância.
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