Principal problema: falta de mão-de-obra

Por Ricardo Florêncio

 

Ao longo dos últimos tempos, temos apresentado e refletido sobre as mais diversas questões com que se debate atualmente o mundo da Gestão de Pessoas. E são mesmo muitos. Tanto é assim, que a última Conferência da Human Resources, teve como título “A Encruzilhada na Gestão de Pessoas”. Mas de todos estes temas, e que não haja dúvidas de que são todos importantes, desejava priorizar um, que julgo ser dos mais importantes. A falta de mão-de-obra. A falta de pessoas para trabalhar. E não apenas os trabalhos mais qualificados, e ao qual se tem dado mais importância, e que tem sido dos mais falados. Não, o problema é mesmo geral.

Com o envelhecimento da nossa população, temos um vasto conjunto de pessoas, que, ou já reformaram, ou estão prestes a atingir a reforma. E a substituição dessas pessoas tem sido feita por uma vaga de imigrantes. A questão, é que essa nova força de trabalho exige uma formação adequada, aos mais diversos níveis, e isso demora o seu tempo. Mas dada a necessidade do nosso mercado, da nossa economia, das nossas empresas, não há tempo. Deste modo, assiste-se a um mercado trabalho com pessoas sem a formação adequada para desempenhar as mais diversas tarefas. Não só pela questão da língua, mas também nos conhecimentos básicos. Não se pode apenas substituir as pessoas umas pelas outras em termos de números. Esse será um erro que pode custar caro, pois o serviço desenvolvido e prestado, poderá não estar de acordo com o que é exigido.

Este sim, é um tema que deveria merecer uma especial atenção. E não é de fácil resolução, pois agora, falta-nos tempo.

Editorial publicado na revista Human Resources nº 164, de Agosto de 2024

Ler Mais