Produtividade. Eis o que Charles Darwin e Einstein nos ensinam

O que podemos aprender sobre ser produtivo e criativo com pessoas como Charles Darwin e Einstein? Eles, assim como outros génios, eram adeptos a uma forma de multitasking diferente, positiva e facilmente aplicável.

 

Menos conhecida do que seu trabalho revolucionário sobre a evolução das espécies, foi a dedicação de Charles Darwin a estudar as minhocas, revela o site napratica.org. Principalmente, as respostas desses animais a diferentes estímulos diversos, como luz, os cheiros, a temperatura e os sons.

Ele desenvolveu esse trabalho paralelamente às suas pesquisas e obras que ainda hoje são fundamentais para a Ciência. Mas o que devemos retirar dessa actividade extra do naturalista? Segundo o economista e autor Tim Harford, o estudo das minhocas são um exemplo de um segredo de criatividade e produtividade utilizado não só por Darwin, mas também por Albert Einstein, por uma das maiores bailarinas da dança contemporânea, Twyla Tharp, e por Michael Crichton, autor de Jurassic Park, entre outras histórias de ficção-científica.

Trata-se do que Tim Harford chama de “multitasking em câmara lenta” (multitasking in slow-motion). Com efeitos positivos na capacidade de criar, segundo Harford, essa técnica pode ser aplicada por qualquer um.

 

O que é multitasking em câmara lenta e como é que isso ajudava Darwin (e Einstein)

Como Harford observa, ser multitarefas não é algo recomendado de forma geral. Alternar entre actividades atrapalha a concentração e esgota energia. Mas, de acordo com ele, o mesmo não acontece com o multitasking em câmara lenta, que, basicamente, é levar a diante vários projectos paralelamente.

«Ter vários projectos em movimento ao mesmo tempo é bastante benéfico para os tipos criativos, abana-nos e ajuda-nos a ter novas perspectivas sobre nosso trabalho», afirma.

Na prática, significa alternar entre os projectos – que preferencialmente não têm relação uns com os outros, como um hobby – quando se sentir bloqueado criativamente, esgotado ou paralisado em determinada actividade. Para Tim Harford, isso diminui as hipóteses do profissional sucumbir ao «stress e à depressão`.

É isso que Darwin fazia quando se dedicava ao estudo específico das minhocas. Einstein, por sua vez, alternava para o estudo da radiação quando estava cansado de trabalhar na teoria da relatividade geral.

Não são só os génios como Einstein e Darwin que podem beneficiar: manter-se activo em diversas actividades de interesse é uma das melhores formas que podemos ter para uma vida melhor.

Ler Mais