Qual o valor da diversidade para as empresas? E como (efectivamente) a implementar

Debater sobre diversidade nas empresas não é nenhuma novidade, é uma temática que sempre está sempre na ordem do dia. A verdade é que ainda existem dúvidas sobre e por que implementar a cultura de diversidade nas empresas e como desenvolver esse projecto de forma inclusiva e que realmente cause transformação.

 

Celson Hupfer, fundador e CEO da Connekt refere que um recente estudo realizado pela consultoria McKinsey and Co. em 12 países mostrou que as empresas que possuem equipas executivas com maior variedade de perfis são as mais lucrativas. O estudo, que contou com a participação de mil empresas globais, revelou ainda que as empresas com maior diversidade de género possuem 21% de hipóteses de apresentar resultados acima da média do que as organizações com menor presença de diversidade.

«Basicamente, uma empresa diversificada possui colaboradores com distintas idades, etnias, necessidades especiais, religião, estado civil, crenças, orientações sexuais, classes sociais, géneros e culturas», relembra Celson Hupfer, «pode não ser claro, mas a diversidade está presente nas empresas e o papel dos Recursos Humanos é iniciar um trabalho de mudança com os colaboradores para incentivar uma nova cultura, reforçando o código de conduta de respeito ao próximo».

Para que isso seja posto em prática, é necessário que líderes da empresa trabalhem sempre a inclusão de profissionais na equipa com tratamento igualitário perante os outros colaboradores.

«Conhecer os colaboradores que compõem a empresa é o primeiro passo para que o líder realize uma análise concreta, principalmente de colaboradores que se encaixam em tais diversidades, para procurar saber mais sobre as suas competências e os motivos que favoreceram o seu interesse pela oportunidade de fazer parte da empresa», defende, «esse é um bom começo para que o gestor de pessoas entenda o quadro actual e possa traçar novos planos para ampliar a diversidade na empresa».

Se a organização levar a sério o tema da diversidade, deve repensar os seus processos selectivos, «porque depois de algum tempo, os vícios de um processo selectivo antiquado e pouco inclusivo podem tornar-se padrão, mas isso não significa, entretanto, que o líder não possa inovar».

Os processos selectivos digitais podem ser uma boa opção para a inclusão de mais profissionais. Nestes moldes, o sistema avalia o candidato de acordo com as suas competências, alcança um público maior e dá como resultado perfis que tenham maior correspondência com a posição, sem quaisquer preconceitos.

«O verdadeiro líder é aquele que lidera pelo exemplo», refere, «reforçar a cultura de inclusão e de diversidade nas empresas não é apenas um diferencial competitivo perante outras empresas, mas algo que os colaboradores hoje realmente valorizem».

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