Quanto ganha um director de Marketing? Saiba aqui

A empresa de recrutamento Michael Page lançou o estudo anual sobre a evolução das principais tendências de recrutamento para o próximo ano para quadros executivos, em empresas de grande dimensão. Conheça as conclusões para a área de Sales & Marketing.

 

No que diz respeito às lideranças, as empresas procuram num “head of” ou director capaz de conciliar a estratégia e a operacionalização, com conhecimento das ferramentas e técnicas, além de saber gerir a equipa. Nas funções de marketing e comunicação generalistas, um director de Marketing pode auferir até 85 mil euros e um director de Comunicação 72 mil euros, enquanto nas funções ligadas ao marketing digital, o plafond máximo é de 110 mil euros para a função de director de e-Commerce.

Numa análise generalizada, em marketing digital e e-commerce, os salários dos quadros executivos especializados em 2022 subiram 5,8%. Em Vendas, com oscilações consoante o sector e função, a média de subida salarial foi de 4,5%.

O ano de 2022 foi favorável à instalação de novas empresas e operações em Portugal, bem como o reforço e presença em novos mercados, trazendo novos desafios para as empresas ao nível do recrutamento. Num mercado cada vez mais dinâmico, competitivo e com ofertas de emprego globais, a atracção e a retenção de talentos estão no foco das empresas. A aposta em políticas de mobilidade e trabalho remoto, fringe benefits, para atrair candidatos acentuou-se neste último ano, que fruto do aumento de recrutamentos, fez com que as bandas salariais globalmente crescessem em todas as funções.

Em 2023 prevê-se que os salários em geral sofram uma valorização entre 2 e 4%, ainda assim, em sectores mais dinâmicos este aumento já está a superar este limite, apesar de bastante abaixo da taxa de inflação que irá continuar a sentir-se no próximo ano.

As equipas de gestão, a par dos RH, tentaram nos últimos tempos criar e implementar modelos de colaboração que possam agradar a todos, aos que preferem o trabalho presencial e aos que preferem o regime remoto ou híbrido. Também os conceitos de saúde mental e well being, estão na ordem do dia e a semana de quatro dias de trabalho começa a ganhar expressão junto de alguns sectores para atrair talento.

A procura de profissionais versáteis, mas simultaneamente especializados nas funções, é uma tendência mais global, enquanto em Portugal se assiste à propensão de as empresas contratarem profissionais com background na indústria e nas funções que irão exercer. Este registo faz com que da parte dos candidatos a mudança represente muitas vezes um mero upgrade salarial. Ao nível da formação, os recrutadores valorizam uma formação académica sólida, em universidades de prestígio, sendo o MBA uma mais-valia.

O domínio de idiomas, com predominância do inglês, seguido do espanhol e francês, e a capacidade analítica, de inovação e liderança são factores cada vez mais decisivos na contratação. As soft skills são cruciais na diferenciação dos candidatos, e continua a registar-se uma aposta em profissionais mais juniores, com visão internacional, domínio de idiomas, mindset diferenciador e skills analíticos.

Paralelamente, mantém-se a procura de candidatos com experiência sólida acumulada, know how e nível de compromisso.

Na área Comercial, a procura recai na venda técnica e consultiva orientada para a satisfação e fidelização do cliente, enquanto nas equipas de marketing, com a ascensão dos dados, os skills analíticos e digitais são relevantes em qualquer indústria.

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