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Quer saber quanto dinheiro precisaria para não ter de trabalhar mais? Veja as contas aqui
Poder fazer o que se quer, quando se quer e sem qualquer preocupação com os custos é o objectivo de muitos que começam a planear a liberdade financeira desde cedo. O foco é precisamente não ter de trabalhar, mas conseguir desfrutar de actividades de lazer e passatempos.
Há quem opte por sacrificar vários anos a nível profissional, com trabalho árduo e exaustivo que compense futuramente, permitindo descansar e relaxar mais tarde. Porém, ter dois ou mais empregos não é a única forma de atingir a meta. Existem dois caminhos possíveis, contudo é necessário ter em conta factores como a inflação e a rentabilidade.
Poupar ao longo da vida é uma das formas para se chegar à reforma e estar numa situação confortável, contudo exige sacrifícios. É preciso abdicar de muitos planos para conseguir acumular dinheiro que possibilite pagar um custo de vida agradável.
Este método acontece quando ocorre fenómeno ‘FIRE’ (Financial Independence Retire Early, em inglês) que está a ganhar cada vez mais seguidores, de acordo com a Forbes Portugal. O intuito é acumular 25 vezes as suas despesas anuais, ou seja, se o seu estilo de vida actual custa mil euros por mês deve reter 300 mil (1000€ x 12 meses x 25) para que possa ser considerado financeiramente independente.
O número 25 baseia-se no pressuposto da realização de um investimento que represente lucro acrescido, assumindo-se que existe uma rentabilidade média de 4% por ano, o que significa que 300 mil euros simbolizam um rendimento de 12 mil euros ao longo de 12 meses, o valor das despesas anuais.
Assim sendo, apenas os juros e dividendos dos investimentos vão ser suficientes para manter o estilo de vida que a pessoa tem tido ao longo dos anos e pode não ser necessário recorrer aos 300 mil euros acumulados. No entanto, esta ideologia não é sinónimo de sucesso, dado que é necessário ter em conta factores como a inflação e a rentabilidade.
A segunda possibilidade para alcançar a independência financeira é o rendimento passivo que, por norma, surge com pouco esforço visto que provém de rendas de imóveis, juros, dividendos e negócios que se tornam automatizados.
Nesta hipótese é fundamental assegurar que o total do rendimento passivo líquido cobre as despesas mensais. Caso sejam de mil euros, se tiver dois imóveis arrendados que rendam 500 euros por mês cada, a liberdade financeira foi alcançada.
Em ambos os métodos é importante considerar uma margem de segurança para imprevistos e contas extra, de forma a estar completamente confortável e não correr riscos. Em Portugal, as duas opções funcionam e estão a crescer numa altura em que a incerteza financeira é maior devido às consequências da pandemia e da guerra na Ucrânia, que resultaram num aumento exponencial do custo de vida a nível mundial.