Recurso a lay-off continua a aumentar e já atinge 54% das empresas

O recurso ao lay-off simplificado aumentou, correspondendo ao principal factor para a redução do pessoal ao serviço efectivamente a trabalhar, tendo sido assinalado por 54% das empresas. A conclusão é do terceiro “Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas – COVID-19”, do Instituto Nacional de Estatística (INE) e Banco de Portugal.

 

Os dados são relativos à última semana (entre 20 e 24 de Abril) e indicam ainda que excluindo o lay-off simplificado, a proporção de empresas que não prevê o recurso a medidas de apoio aumentou na última semana, atingindo proporções entre 48% e 59%, consoante a medida.

Entre as medidas consideradas, 13% das empresas já beneficiou da suspensão de obrigações fiscais e contributivas e 10% da moratória ao pagamento de juros e capital de créditos já existentes.

Foi introduzida uma nova característica para análise, empresas com ou sem perfil exportador. Por dimensão, as empresas com perfil exportador são maioritariamente médias ou grandes empresas (65%).

No caso das empresas sem perfil exportador predominam as empresas de reduzida dimensão (63% são micro ou pequenas empresas). Nas empresas com perfil exportador registou-se uma maior proporção de empresas em funcionamento (88% face a 82% nas restantes).

A percentagem das empresas com perfil exportador que referiu diminuições do volume de negócios e do pessoal ao serviço foi ligeiramente superior à média, mas as reduções reportadas foram relativamente menores. O recurso ao lay-off simplificado foi assinalado por 47% destas empresas (57% nas empresas sem perfil exportador).

O inquérito mostra também que a percentagem de empresas respondentes que assinalaram diminuições do volume de negócios e do pessoal ao serviço efectivamente a trabalhar manteve-se elevada (80% e 59%, respectivamente). Já 39% das empresas registaram uma redução superior a 50% do volume de negócios e 26% referiram uma redução superior a 50% no número de pessoas ao serviço efectivamente a trabalhar.

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