
Salários dos professores diminuíram em quase metade dos países da OCDE ao longo de oito anos
Segundo o relatório Education at a Glance 2024 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), citado pelo Euronews Business, entre 22 países e regiões, os salários estatutários dos professores do ensino secundário em termos reais diminuíram em dez deles entre 2015 e 2023, tendo alguns registado reduções significativas.
Os vencimentos registaram o maior declínio no Luxemburgo, com uma descida de 11% durante este período, seguido de uma descida de 9% na Grécia e de 6% na Irlanda, Finlândia e Itália.
Os salários também diminuíram 5% em Inglaterra, 4% em Portugal e 3% na Hungria entre 2015 e 2023.
O aumento foi, em média, de 4% na União Europeia dos 25 (UE-25), embora tenha sido inferior em algumas das principais economias do bloco comunitário, como a Espanha (2%) e a Alemanha e Itália (1%).
Em contrapartida, a Turquia registou o maior aumento, com os salários dos professores a subirem 31%. Seguem-se a República Checa, com um aumento de 16%, e a Escócia, com um aumento de 12%, sendo as únicas regiões com subidas superiores a 10%.
Entre 2013 e 2023, registou-se uma tendência semelhante. A Grécia encabeça a lista das regiões com a maior descida, com 12%, seguida do Luxemburgo (10%) e da Irlanda, Finlândia e Itália (7%). Em Inglaterra, os salários dos professores também diminuíram 5% em termos reais.
Os salários dos professores na Hungria aumentaram quase 50%, em 2014, em comparação com 2013, medidos em dólares americanos. Este aumento significativo tem um forte impacto nos resultados quando se analisam as alterações ao longo do tempo. O gráfico abaixo ilustra claramente este padrão.
Embora os salários tenham diminuído 3% na Hungria entre 2015 e 2023, o aumento global de 2013 a 2023 foi de uns impressionantes 45%. Este facto coloca a Hungria no topo da lista dos maiores aumentos salariais durante este período, seguida da Turquia com 37%.
A Chéquia e a Eslováquia registaram aumentos notáveis de 18% nos últimos 10 anos, seguindo-se a Escócia com um aumento de 11%.
Entre as maiores economias da UE, a Alemanha registou o maior aumento, com 7%, seguida da França, com 4%, durante o mesmo período.