São estas as entidades que mais patentes registaram a nível internacional em 2021, de acordo com o Ranking da Inovação

O Ranking da Inovação, produzido e compilado pelos especialistas do Departamento de Patentes, da Gastão da Cunha Ferreira, apresenta o TOP 10 das entidades portuguesas (empresas e universidades) que mais patentes registaram a nível internacional em 2021.

 

Criado e publicado pela primeira vez em 2014, o Indicador Gastão da Cunha Ferreira é um estudo sobre a actividade de patenteamento internacional de invenções com origem em Portugal.

O ano de 2021 vem manter a BOSCH na dianteira do estudo IGCF. A Bial e a Hovione, empresas que disputavam tradicionalmente a posição cimeira, estão agora respectivamente na 5.ª e 4.ª posição. A Novadelta passa, em 2021, para o 2.º lugar da tabela.

«O investimento em patentes é um reflexo da capacidade inovadora das empresas e da aptidão destas para obter riqueza a partir de conhecimento», referem os responsáveis pelo Ranking da Inovação. «Pode conhecer-se, indirectamente, o investimento em patentes feito pelas empresas, recorrendo às publicações das entidades oficiais: quanto maior o número de publicações de patentes para uma determinada invenção, maior o investimento em proteção realizado pela empresa. Isto deve-se ao facto de não haver uma patente mundial e, por isso, de cada invenção ter de ser patenteada país a país, para se poder beneficiar do exclusivo», esclarecem.

Acreditando que as patentes protegem a inovação, a Gastão da Cunha Ferreira acredita que o investimento em patentes reflecte o empenho da empresa em inovar. Desta forma, «Indicador Gastão da Cunha Ferreira é um contributo de relevo para se conhecer as empresas mais inovadoras em Portugal».

À semelhança do estudo sobre as empresas nacionais mais inovadoras, foi também analisada a inovação gerada nas universidades.

«Este é ainda um dos grandes desafios no sistema nacional de inovação português – transferência da tecnologia gerada no ambiente académico para a indústria, de forma que sejam gerados novos processos e produtos, intensivos em conhecimento e protegidos por patente como salvaguarda da exclusividade».

Em 2021, mantém-se o domínio das universidades do Norte de Portugal, como foco na Universidade do Porto, mantendo-se, em relação a 2020, as posições relativas no ranking do IGCF até à quinta posição.

A Universidade de Aveiro perdeu a 6.ª posição para a Universidade Nova de Lisboa relativamente à 6.ª posição. O mesmo aconteceu com a Universidade de Évora que trocou de posição com a Universidade Católica, relativamente à 9.ª posição.

«Apesar de ainda não fazerem parte do Top 10, os Institutos Politécnicos nacionais começam a revelar-se importantes polos na criação de novas oportunidades de negócio e no patenteamento da inovação», concluem os responsáveis.

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