TAP garantiu: «Tudo será feito para a manutenção dos postos de trabalho»

O Conselho de Administração (CA) da TAP assegurou, durante uma reunião com quatro sindicatos, que «tudo será feito para a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho», de acordo com um comunicado divulgado pelas estruturas sindicais.

 

A reunião dos administradores, num órgão em que o Estado está representado, foi com o Sitava (Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos), o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o Sindicato dos Técnicos de Manutenção da Aeronaves (Sitema) e o Sindicato Nacional dos Engenheiros e Engenheiros Técnicos (SNEET).

As estruturas sindicais «questionaram o CA sobre a continuação do regime de lay-off, medida que está a penalizar fortemente os trabalhadores», tendo ainda manifestado «a sua grande preocupação com a continuação deste regime que iria agravar ainda mais a situação financeira de largas franjas dos trabalhadores das empresas do grupo TAP, que viram os seus rendimentos mitigados bem acima de um terço que o regime de lay-off previa».

Estas entidades abordaram ainda a «necessidade de esclarecimento sobre os termos em que a chamada ajuda à TAP será concretizada e o seu efeito na empresa no futuro imediato», tendo da parte do CA sido «comunicado que tudo será feito para a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho».

Durante a reunião, «foi ainda abordada a actual dimensão do mercado resultante da crise pandémica, tendo o CA garantido que o aumento da operação irá começar a verificar-se de imediato, reforçando-se significativamente nos meses de Julho e Agosto», lê-se na mesma nota.

Os sindicatos fizeram ainda saber que «esperam que da parte do accionista maioritário [Estado] tudo seja feito no sentido de garantir a continuidade de todas as empresas do grupo TAP, mantendo a sua capacidade de modo a poder continuar a servir o país e a diáspora, alimentando o importante sector do turismo e assim cumprir o seu desígnio nacional de contribuir para a melhoria das condições económicas do país», de acordo com o comunicado.

As estruturas sindicais lembraram aos administradores «que apesar da crise pandémica os Acordos de Empresa mantêm-se em vigor e têm que ser respeitados».

«Esperamos que a razoabilidade e o bom senso imperem e que muito rapidamente sejam aceites as condições propostas pelo Governo, para que se possa concretizar de imediato o financiamento que o Grupo TAP tanto precisa para a retoma da operação», concluíram os sindicatos.

No dia 10 de Junho, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que a TAP pode ter actualmente uma dimensão superior àquela de que vai necessitar nos próximos anos, sendo esta uma das condições da Comissão Europeia para aprovar o apoio.

«Nós podemos ter neste momento uma empresa com uma dimensão superior àquela que são as necessidades nos próximos anos. Isto é uma condição da Comissão Europeia», disse o governante, numa conferência de imprensa, em Lisboa, depois do anúncio da aprovação de Bruxelas a um apoio estatal à TAP no valor máximo de 1,2 mil milhões de euros.

No entanto, o governante disse julgar ser possível apresentar à Comissão Europeia “um bom caso” que não tenha como consequência uma «reestruturação excessiva da TAP».

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