
Trabalho remoto ou híbrido: estes são os países mais e menos flexíveis da Europa
Apesar do declínio constante de cargos totalmente remotos e da pressão para regressar ao escritório cinco dias por semana, o trabalho híbrido está a manter-se na Europa. Já o modelo totalmente remoto pode ter os dias contados, reporta o Euronews.
Empresas como a JPMorgan, a Amazon e a Goldman Sachs ordenaram recentemente a milhares de colaboradores que regressassem ao escritório cinco dias por semana, alegando razões como produtividade e cultura corporativa.
Ao mesmo tempo, e apesar de um declínio de 1% no ano passado, o trabalho híbrido continua a ser o modelo mais comum (44%) entre os trabalhadores da UE em funções que também podem ser desempenhadas remotamente.
As funções exclusivamente presenciais atingem os 41%, reflectindo um crescimento de 5% em relação ao ano passado, de acordo com o último relatório Living and Working in the EU da Eurofound.
As posições totalmente remotas em todo o bloco estão em declínio constante, caindo drasticamente de 24% para 14% entre 2022 e 2024.
Os Países Baixos e a Irlanda são paraísos para trabalhar a partir de casa
O panorama europeu do trabalho remoto é extremamente fragmentado e desigual.
Em países como Países Baixos, Irlanda e Finlândia, a maioria dos trabalhadores tem permissão para trabalhar a partir de casa total ou parcialmente, com taxas de 70% ou mais. A completar o top 5 estão Alemanha e Bélgica (69% e 66% respectivamente).
Do lado oposto, o top 3 dos menos flexíveis é ocupado por Chipre, Grécia e Croácia, com taxas superiores a 67% de trabalhadores que nunca trabalham a partir de casa. Seguem-se Portugal e Itália com 57% e 56,5% respectivamente.
Os homens têm mais probabilidade de trabalhar em casa do que as mulheres
Da mesma forma, em quase todos os países da UE, os homens são mais propensos a trabalhar parcial ou totalmente em casa, em comparação com as mulheres.
Chipre tem a taxa mais baixa tanto para homens como para mulheres (25% e 22%) e os Países Baixos apresentaram a taxa mais elevada para homens e mulheres (83% e 72% respectivamente).
A maioria dos colaboradores mantém a opção de trabalho em casa
Questionados sobre as suas preferências, a esmagadora maioria (74%) dos trabalhadores da UE prefere trabalhar remotamente pelo menos várias vezes por mês.
Mais detalhadamente, a maioria (31%) gostaria de trabalhar a partir de casa várias vezes por semana, 24% diariamente e 18% afirma que nunca gostaria de trabalhar remotamente.
No entanto, a pesquisa refere que “o desejo de trabalhar exclusivamente a partir de casa aumentou desde a pandemia, passando de 13% em 2020 para 24% em 2024”.