António Fuzeta da Ponte: Uma cultura de saudável insatisfação
Na Worten acredita-se que é sempre possível fazer melhor, que estão sempre a surgir novas possibilidades e que há sempre uma forma nova de responder a necessidades de comunicação, que também serão sempre novas.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Carlos Ferreira
Quando António Fuzeta da Ponte foi contratado pela Worten, a área que foi dirigir ainda nem existia.– Marca e Comunicação. O objectivo era que a marca fosse trabalhada como um todo, explorando as novas disciplinas e aperfeiçoando os processos, conseguindo interpretar melhor as necessidades de comunicação de todas as áreas internas. No fundo, robustecer e posicionar a marca como inovadora, tecnológica, diversificada, sólida, para um futuro desafiante. Com a consciência de que são as pessoas que fazem as marcas. «A marca é um imaginário colectivo, quanto mais forte e coeso for o grupo que a trabalha, mais forte é marca.»
Qual a importância estratégica que a Comunicação assume na Worten?
Numa empresa de venda directa ao consumidor, com mais de 180 lojas em Portugal e com o maior site transacional do País, é fácil entender que a importância da Marca e da Comunicação é enorme, está em tudo o que fazemos.
Tem sido muito interessante perceber que todas as áreas da empresa – Comercial, Operações, IT, etc. – têm também essa preocupação. E, sobretudo, ter a certeza de que existe uma preocupação central e absoluta com o cliente. Tudo o que fazemos é feito em prol do cliente e, como tal, toda a informação que lhe chega deve estar bem explicada, para uma percepção correta e eficiente.
Hoje em dia o discurso das empresas já não se centra só no cliente externo, mas também n o interno. Como estes temas se interligam com a área de Recursos Humanos?
Ao comunicar bem a marca, a área de Recursos Humanos é uma das que sai vencedora, na medida em que explicamos e mostramos a marca tal como ela é: inovadora, tecnológica, diversificada, sólida. Ou seja, tudo factores importantes quando se pretende angariar talento para a empresa.
Quais as principais diferenças de comunicar para o cliente externo e para o cliente interno? Como têm desenvolvido esta última vertente?
Temos sempre de adequar a comunicação ao target, para que esta seja efectiva; logo, será sempre diferente comunicar para fora ou para dentro. São públicos distintos, com necessidades e expectativas também elas distintas.
Internamente, desenvolvemos acções que reforcem o sentimento de pertença a esta empresa, motivando as nossas pessoas. Promovemos um ambiente que faça os colaboradores felizes e os desafie, dia após dia, fazendo-os crescer profissional e pessoalmente.
Somos uma empresa que privilegia a orientação para resultados, a resiliência, a capacidade de fazer acontecer, a irreverência. A esses valores, acrescentamos ainda o dinamismo, a flexibilidade, a capacidade de inovação, a ousadia e a disrupção.
Tem tido um percurso ligado às marcas. E hoje fala-se muito na marca de empregador. Isso também é uma preocupação para vocês? Como a trabalham?
Claro que sim. O Employer Branding, entendido como o processo de saber promover uma empresa como o empregador de eleição junto de um target específico, deve ser uma das principais preocupações das organizações actuais. Essa reputação no mercado de trabalho é essencial para captar e reter o talento que interessa à empresa.
Trabalhamos essa vertente marcando presença em universidades e apostando num Programa de Trainees ambicioso, onde nos mostramos tal qual somos: uma empresa com uma cultura de abertura, de trabalho em equipa e de forte dinamismo.
O que acredita que vos distingue, não só enquanto marca, mas enquanto empregador?
Entrei há dez meses, por isso tenho legitimidade para o dizer: na Worten, há sempre novidades a acontecer. Há sempre projectos em que nos podemos envolver, para lá da nossa função ou área de responsabilidade – e isso, na minha opinião, é bastante apelativo e atractivo para quem está a entrar no mercado de trabalho, ou mesmo para quem está à procura de um novo desafio.
Acredito que a Worten tem características muito próprias que a diferenciam pela positiva junto a um público muito específico: jovens que querem aprender e que querem fazê-lo de uma forma diversificada, sabendo de antemão que não precisam de estar cinco anos exercer a mesma função; talentos da área tecnológica em geral, sendo que a equipa de IT da Worten cresceu imenso no último ano; mas também profissionais que fizeram carreira dentro do Grupo Sonae ou noutras empresas e cuja expertise pode agora ser aproveitada em prol da Worten.
Leia a entrevista na íntegra na edição de Outubro da Human Resources, nas bancas.
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