Levar ânimo às empresas e aos seus colaboradores através da música

Com a nova realidade, Brands Like Bands assumiu a sua funcionalidade essencial enquanto «plataforma que reúne várias empresas, com uma massa critica bastante relevante». Fernando Gaspar, mentor do festival de empresas, conversou com a Human Resources onde deu a conhecer uma campanha recentemente lançada para «dar ânimo às empresas e aos seus colaboradores».

Por Sandra M. Pinto

 

Todos fomos impactados pelo surto de COVID-19. Empresas e colaboradores sentiram-se perdidos e sem rumo dado o inesperado da situação extrema pela qual passámos e que ainda estamos a passar. Enquanto iniciativa que tem por base trazer mais união às empresas através da música, o festival Brands Like Bands decidiu actuar lançando uma campanha «onde foram os próprios colaboradores das empresas que sugeriram e se organizaram para gravar algo em conjunto». O resultado final podemos vê-lo agora.

 

De que forma a pandemia impactou a actividade do festival?

Abanámos, mas rapidamente ajustámos o que estávamos a fazer ao período a que todos, nós e as empresas, estávamos  a viver. Posicionámo-nos de outra forma junto destas, percebendo que teríamos de abordar as pessoas num plano mais pessoal, sobre como estavam a tentar ultrapassar todos os desafios inerentes ao confinamento e de as mesmas sentirem que estávamos ao lado da pessoa e não ao lado do colaborador da empresa X ou Y.

Energizar as pessoas num período tão singular como este, era ouvi-las. Mais do que dizer que vai correr tudo bem, era demonstrar-lhes isso mesmo.

 

Como encaram os tempos que vivemos?

São tempos ainda mais exigentes. Temos a consciência de que ultrapassando isto, da forma como estamos a conseguir ultrapassar, conseguiremos construir qualquer projecto em qualquer parte do mundo! O Festival Brands Like Bands é um barco muito grande, com mais de 30 empresas que representam um total de centenas de milhares de colaboradores e com uma pessoa a gerir tudo isto… Mas com o apoio de outras tantas, foi, está e vai continuar a ser possível.

 

Lançaram recentemente uma campanha com o objectivo de ajudar as pessoas e as empresas a manterem o ânimo. Como surgiu essa ideia?

Foi algo orgânico. Os próprios colaboradores das várias empresas sugeriram e organizaram-se para gravar algo em conjunto, claro, cada um nas suas casas, algo que reflectisse estes tempos e sobre o que sentiam neste momento tão particular na história da humanidade.

Demos mais uma vez palco para serem eles próprios. E mais uma vez, como tem acontecido ao longo dos anos, não desiludiram, bem, pelo contrário. O Festival Brands Like Bands também é isto, autenticidade.

 

De que forma ganhou ela vida?

O nosso ajustamento foi assumir que somos, essencialmente, uma plataforma que reúne várias empresas com uma massa critica bastante relevante. Deste modo, colocámo-las em contacto umas com as outras, partilhando conhecimento e boas práticas. Todas elogiaram o processo, mas principalmente os outputs, entre os quais este vídeo a ser lançado muito brevemente.

 

Como nasceu a parceria com a GoContact?

Recebemos cerca de 100 vídeos de várias empresas, e queríamos um parceiro que tivesse como ADN dar poder às organizações, em qualquer circunstância, uma empresa cuja missão fosse remover barreiras entre tecnologia e pessoas.
O slogan da GoContact é “Empowering Operations” pelo que nos pareceu, desde a primeira hora, o parceiro ideal.

 

Qual o seu principal objectivo?

Eu e o Jorge Rendeiro, VP Marketing & Board Member, trabalhámos os dois quase de “olhos fechados”, melhor só a dupla João Pinto/Jardel. Assim, já temos várias coisas em cima da mesa para a edição do Festival Brands Like Bands deste ano, trabalhando também a possibilidade de, em 2021, estarmos em Madrid, igualmente com a GoContact.

 

De que forma estão as empresas a encarar o regresso ao “novo normal”?

Este período trouxe uma grande indefinição a vários níveis, mas também se percebeu, rapidamente, que nenhuma organização se poderia ou poderá manter ao “sabor do vento”.
O regresso ao “novo normal” já foi algo pensado entre o final de Março e início de Abril, com a consciência de que alguma alteração a esse plano de regresso teria e terá que ter um ajustamento rápido e eficiente, como tem acontecido em alguns casos.
Mas antes do regresso ao “novo normal” era importante sentir em que ponto estavam as pessoas durante o confinamento e foi isso que fizemos.

 

Na vossa óptica quais as maiores preocupações tanto da parte das empresas como dos colaboradores?

Recuperar a velocidade normal do negócio, dentro de cada um dos seus mercados, não obstante todas admitirem que com o teletrabalho a produtividade aumentou.

 

De acordo com o que têm vindo a observar juntos das empresas quais os maiores desafios que estas vão enfrentar no curto/médio prazo?

Ponderação e definição. A racionalidade tem sido absorvida por uma enorme massa de sensacionalismo, que tem cortado muita da objectividade necessária nesta altura, pelo que a ponderação para tomar decisões num mar tão revolto é critico. Mesmo assumindo que poderá não ser a melhor decisão, mas que, todavia, vamos sempre a tempo de corrigir e definir o melhor caminho.

 

E o Brands like Bands, qual o maior desafio para 2020?

Colocarmo-nos a nós próprios completamente de lado para nos assumirmos como um suporte emocional para todos os que estão ligados ao Brands Like Bands. Mesmo que isso signifique, como significou, deixarmos de viver os nossos próprios desafios nesta altura, principalmente, os pessoais.

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