José Luís Carvalho, CUF: Ser ou não ser, eis a questão

José Luís Carvalho, director de Gestão de Pessoas da CUF, destaca que «o ser ou não ser de uma organização é influenciado por muito mais do que a política de trabalho remoto. Se um colaborador não quer continuar na empresa devido ao modelo de trabalho remoto, “algo vai mal no reino da Dinamarca”».

«Este mote de Shakespeare pode ajudar-nos a reflectir sobre as perguntas do barómetro acerca do trabalho remoto. Destaco a resposta de que 14% reconhecem que não se cumpre a política da empresa.

Uma organização é muito mais do que a sua política de trabalho remoto e, como sabemos, não há aqui, neste tema, uma solução óptima. Numa realidade em crescimento, com um modelo de organização em rede e apostada na inovação, um regime mais presencial potenciará um rápido conhecimento e uma maior velocidade de implementação. No entanto, não podemos descurar este tema junto das nossas pessoas porque ele é valorizado. Mas as empresas não podem ficar presas a este dilema. Têm de apresentar a totalidade da sua EVP (employee value proposition) e, claro, comunicar que qualquer política aqui deve ser continuamente avaliada e pode ser mudada.

Enquanto profissionais de Recursos Humanos ou enquanto líderes de organização, queremos que as pessoas sejam da nossa organização, que se sintam em desenvolvimento, que estejam alinhadas com a direcção e o propósito. O ser ou não ser de uma organização é influenciado por muito mais do que a política de trabalho remoto. Se um colaborador não quer continuar na empresa devido ao modelo de trabalho remoto, “algo vai mal no reino da Dinamarca”.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Dezembro (nº.168) da Human Resources, no âmbito da LVI edição do seu Barómetro.

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