Vodafone: Somos mais simples e céleres a trabalhar

Na Vodafone Portugal, a Transformação Digital é um tema de grande importância do ponto de vista da gestão dos Recursos Humanos e também no que diz respeito ao desenvolvimento do negócio.

 

Como marca tradicionalmente associada à inovação e às novas tecnologias da informação, a Vodafone Portugal está a realizar profundas mudanças na sua estrutura no âmbito da Transformação Digital. Luísa Pestana, directora de Recursos Humanos da Vodafone, explica à Human Resources Portugal as mudanças que estão a ocorrer na empresa e como estas contribuem para um futuro mais eficiente na vida da organização.

Qual o impacto da transformação digital na vida interna da Vodafone Portugal e, particularmente, dos colaboradores?
A Transformação Digital é um ponto estratégico para a Vodafone Portugal e tem impacto em todas as áreas da empresa. Desde logo porque todas têm esta questão em mente não apenas do ponto de vista operacional, mas também no que diz respeito à gestão dos seus colaboradores. Uma questão muito importante reside no upskilling das competências, ou seja, na obtenção e adequação de skills à nova realidade. Além deste upskilling, é necessário fazer também um trabalho de avaliação com o objectivo de perceber se dispomos internamente de todas as novas competências in house para enfrentar estes desafios, ou se é necessário procurá-las no mercado. Sempre tendo em consideração aquilo que precisamos hoje, mas também o que potencialmente vamos precisar no futuro.

Outra questão que na qual existe um impacto forte da Transformação Digital é a própria maneira de trabalhar. Com o mundo a mudar a uma velocidade cada vez maior, é necessário encontrar formas de trabalhar mais simples e céleres, bem como identificar as tarefas que podem ser automatizadas com o objectivo de libertar espaço das nossas pessoas para desenvolverem projectos com maior valor para a organização.

O próprio espaço onde as pessoas trabalham está a mudar na Vodafone Portugal. Existem layouts novos, com características diferentes, que desde logo apontam para os comportamentos que se pretende que as pessoas exibam no dia-a-dia: mais colaboração, mais trabalho em equipa e mais celeridade, entre outras. A mudança é sentida por toda a gente na nossa empresa.

 

Quais as mudanças concretas dentro da Vodafone Portugal e de que forma estão a ser implementadas?
Estamos a concretizar as primeira experiências neste âmbito da Transformação Digital. Há automatismos que já estamos a desenvolver em algumas áreas. Estamos também a começar a utilizar novas ferramentas de trabalho e aplicações que vão de encontro à celeridade que se pretende. Apenas para dar um exemplo, hoje já conseguimos aprovar workflows de férias ou despesas dos colaboradores, entre outros, em qualquer lugar, a partir do smartphone. A Transformação Digital traz associado o tema da mobilidade, que passou a estar ainda mais presente em tudo o que fazemos, e nas tarefas mais simples.

Por outro lado, desenvolvemos ferramentas específicas para as áreas técnicas, onde estão presentes automatismos para permitir a libertação de tempo. Este ponto é muito importante para que os colaboradores tenham mais tempo para projectos com valor acrescentado, mas também é pensado do ponto de vista do bem-estar dos colaboradores, visto que é sempre mais interessante a produzir trabalho que acrescente valor do que tarefas repetitivas.

Neste tema da Transformação Digital, as chefias também têm um papel muitíssimo importante, e por isso estamos a desenvolver formações à medida para que a liderança das equipas seja desenvolvida de forma diferente. Cada vez mais isto implica que todos, mas as chefias em particular, tenham um olhar para fora da organização, não apenas para outras empresas do sector, mas também para outras áreas. Temos de estar permanentemente atentos à inovação que vai ocorrendo no mercado. Se há vinte anos nos concentravamos mais nas grandes mudanças tecnológicas disruptivas, hoje as pequenas inovações incrementais podem fazer uma grande diferença em determinados aspectos do nosso dia-a-dia no trabalho.

Igualmente importante é dar cada vez mais autonomia às equipas. Arriscar mais e fomentar nos colaboradores uma urgência de autodesenvolvimento pessoal.

Também foram criados novos espaços na sede da Vodafone Portugal que apelam ao trabalho colaborativo. Embora se mantenha a organização por áreas funcionais, deixou de existir postos de trabalho fixos. As pessoas podem trabalhar onde quiserem. Se quiserem estar com o portátil em cima de uma secretária podem, e não tem de ser todos os dias no mesmo sítio. Mas também podem optar por áreas de lounge, onde podem trabalhar confortavelmente sentadas num sofá, por exemplo. Temos também um maior número de salas de reuniões, sendo que todas estão equipadas com videoconferência, visto que se assume que vários elementos de uma mesma equipa podem estar a trabalhar em mobilidade.

 

As pessoas aderiram bem a todas estas mudanças?
É normal que nem todos adiram com o mesmo entusiasmo de imediato. Mas quando alguns elementos começam a aderir a estes novos conceitos e ferramentas por considerarem-nos efectivamente úteis, outros começam a perceber o que muda para melhor e a querer também experimentar. Ainda não há uma adopção massiva destes novos conceitos, mas não tenho dúvidas de que estamos a fazer progressos muito significativos.

Leia a entrevista na íntegra na edição de Novembro da Human Resources, nas bancas.

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