Como combinar tecnologia, resultados e o foco nas pessoas?

Ao integrarem novas tecnologias e a Inteligência Artificial, os líderes enfrentam o desafio de manter o seu foco no bem-estar e no desenvolvimento da equipa. E deparam-se, sobretudo, com o desafio de não deixar ninguém para trás, sabendo que não estamos todos no mesmo ponto de partida e que não temos todos as mesmas oportunidades de desenvolvimento.

Por Catarina Quintela, director of Corporate Solutions na Porto Business School

Cabe aos gestores criar culturas de aprendizagem que permitam responder a este mesmo desafio e manterem presente que o que os levou até determinado ponto poderá não ser o que os vai levar dele em diante. É necessário que mantenham esta lucidez para não haver surpresas.

Gerir pessoas, tecnologia e resultados passa também por analisar em que medida podemos tirar partido da Inteligência Artificial, nomeadamente para beneficiar os humanos e lhes permitir dedicar tempo a atividades que, tipicamente, nos queixamos de não termos tempo. É fundamental ver a tecnologia como uma oportunidade e não como uma ameaça. Senão, será tudo muito pior…

Neste enquadramento, a Formação Executiva terá um papel fundamental na preparação dos líderes para gerirem pessoas, tecnologia e resultados, considerando que:

  • Permite desenvolver competências que permitam aos líderes serem ágeis, adaptativos e prontos para enfrentar os desafios contemporâneos de um mundo incerto;
  • Contribui para o alinhamento das equipas com a cultura organizacional e para o reforço do propósito organizacional;
  • Cria contextos para tirar as pessoas da zona de conforto, através de jornadas de aprendizagem personalizadas, preparando-as para o contexto de incerteza.
    Se antes tínhamos muita preocupação em dar templates e receitas da gestão, agora, para além disso, temos a preocupação de abrir perspetivas, de pôr a pensar de maneira diferente, de envolver as equipas e de promover as tomadas de decisões baseadas na intuição, antecipando um futuro que desconhecem. A este propósito, vale a pena referir que as pessoas querem cada vez mais receitas e soluções rápidas que lhes deem um sentimento de segurança e estabilidade. Existe quase um contrassenso entre o que precisam para se prepararem para o mundo (fazer boas perguntas, aceitar a vulnerabilidade, lidar com incerteza, abrir perspetivas) e o que procuram (certezas e respostas);
  • Facilita a gestão do talento e de competências escassas através do upskilling e reskilling.

Para alinhar as suas estratégias de gestão de pessoas com as exigências de um ambiente tecnologicamente avançado e em constante mudança, as organizações devem apostar num propósito forte que dê segurança às pessoas e norteie o seu dia a dia, antecipar desafios e criar um plano suficientemente flexível para envolver toda a organização neste processo de mudança.

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