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Compras e vendas das empresas diminuem após estado de emergência
A maioria (76%) das empresas diminuíram as vendas durante o mês de Maio. A conclusão é do inquérito feito às empresas em Portugal sobre a evolução das compras e vendas pós o estado de emergência provocado pela covid-19, no âmbito do “Projecto Sinais Vitais”, desenvolvido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE.
Contudo, no caso das empresas que conseguiram aumentar as vendas, 7%, destaca-se o registo de um aumento expressivo de 31%.
O estudo revela ainda que apenas 8% das empresas inquiridas viu as suas vendas online aumentarem, sendo que para estes casos de crescimento, o aumento foi de 54%.
Já cerca de 58% das empresas revela uma queda na carteira de encomendas que, em média, é de 45%.
Em relação às compras 29% das empresas teve dificuldades em adquirir serviços ou produtos essenciais para a sua actividade, já 71% que não manifestou qualquer dificuldade.
Quanto aos prazos de pagamento das compras, 80% mantiveram os prazos e 19% das empresas aumentaram, em média 34 dias.
O inquérito mostra ainda que na primeira quinzena de Junho, a actividade das empresas inquiridas em pleno funcionamento aumentou quatro pontos face à quinzena anterior.
O número de empresas em lay-off estabilizou, mas aumentou o número de empresas que pensa vir a pedir (7% para 10%), ainda assim 80% das empresas considera que os programas de apoio estão aquém (ou muito aquém) do que necessitam.
O “Projecto Sinais Vitais” tem como objectivo recolher informação credível e actualizada sobre o que pensam os empresários e gestores de topo das empresas portuguesas e analisar informação quantitativa fornecida pelas empresas sobre temas específicos, no quadro da actual situação de excepção.
Os resultados do inquérito, que é operacionalizado pelas associações sectoriais que integram a CIP, foi feito com base nas repostas dadas por uma amostra significativa de 561 empresas, representativas do tecido económico português. Num cenário de amostra probabilística, terá um erro máximo de 4,1% e um intervalo de confiança de 95%.